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Artigo de Opinião

Economista

27/08/2024 08:00

Relacionado com a minha última CRÓNICA – Empresas, neste mesmo Jornal, volto ao assunto, mas sob o olhar atento da conjuntura internacional: como já é habitual no nosso dia-a-dia aguardamos os noticiários da noite para ficarmos com uma ideia de ... “Quantos mais mortos e ou destruição, na Ucrânia ou na Faixa de Gaza “....... aconteceram de ontem para hoje!!! Ora este sentimento tornou-se perfeitamente “normal”, repito “normal” na nossa cabeça mesmo para quem lamente e pergunte: por quanto tempo mais??? Ora bem. No último fim de semana aconteceu uma reunião (das que sabemos) da NATO e muito embora não tivesse sido anunciado, percebe-se que para além das formalidades políticas, sociais e de requinte como de um modo geral acontecem nestes encontros, utilizaram o idioma militar e sobre esta matéria e até por uma questão de segurança e bem, nada se sabe. Anunciaram isso sim, que 2 % do PIB dos seus membros (onde Portugal se inclui) são destinados à indústria do material de guerra.

Como o diálogo, à escala mundial não é o de cedência, mas sim de confronto, então a 3ª guerra mundial e pela quantidade de “fogueiras” acesas em todo o mundo, deduz-se que já começou. Assim e a partir desta verdade, vejamos em termos económicos, o que sobra : Aqueles 2% referidos naturalmente que arrastam uma subida da carga fiscal ; um certo bem-estar que se está a verificar nos tempos que correm, vai ficar afectado ; as ideologias e as diferentes religiões espalhadas pelo mundo e que prevalecem, devem contribuir para que os beligerantes que, intransigentemente defendem as suas posições, forçam à manutenção das guerras em curso; alguns endividamentos que se não forem revistos atempadamente, poderão transformarem-se em insolvências ; os movimentos financeiros nas Bolsas de Valores poderão descambar em perdas irreparáveis ; as políticas do sistema bancário regra geral e por ocasião do agravamento das guerras, entram em contraciclo com as necessidades das tesourarias ; o combate à inflação muito complicado ; a efervescência dos mercados e muito mais, cuja listagem é efectivamente longa.

Estes fenómenos examinados à lupa são de tal ordem complexos que seria mais agradável que os senhores comentadores ao explicarem alguns deles, evitassem criar um fio condutor onde de um modo geral metem lá tudo, como por exemplo, sobre a inflação como se uma análise simples e humilde se tratasse e não é. Voltando à questão das guerras recorde-se que quem detém esse poder, são efectivamente os grandes accionistas das fábricas e indústria do material de guerra pois por detrás do cenário dos conflitos em curso corre muito dinheiro dos aliados dos países que estão directamente envolvidos nos conflitos e para desmontar este imbróglio diga-se, não é nada fácil. Mais grave: é que, se o nuclear vier a ser utilizado como foi a bomba atómica em Hiroxima, ninguém sabe exactamente como é que tudo isto vai ficar!!!!

Num outro domínio e no que concerne à JUSTIÇA e porque esta palavra pela sua própria natureza deve fazer parte de todo e qualquer contesto democrático e não só, vai continuar a sua actividade qualquer que seja a intensidade que a 3ª guerra mundial possa atingir. Pelas imagens de destruição; mortes; acordos e desacordos; que diariamente temos, via TV e noutros meios de informação, vamo-nos metalizando que podemos vir ...... “a ter fogo em nossa casa” ...... o que não abona a ninguém. Recordo que Portugal faz parte da NATO e esta prepara-se para a guerra e em princípio com a Rússia, via Ucrânia. Ora, sempre que se desencadeia um conflito armado, ficamos imediatamente sujeitos à falta de bens essenciais, alguns dos quais de 1ª necessidade, mas isso será uma fatia de tantas outras e piores, como por exemplo dos nossos filhos e netos virem a ser mobilizados para integrarem as forças armadas. Noutros domínios, como por exemplo os transportes, as ligações aéreas e marítimas afectadas e uma vasta gama de atropelos próprias de qualquer guerra. Nestas situações e para evitar o pior ou prevalece a consciência humana para fazer parar os disparos do outro lado ou não sendo possível, teremos que enfrentar destruição; horror; fome e tudo quanto diz respeito à guerra. Entretanto e nas tentativas de acordos e desacordos, porque o ambiente poderá tornar-se crispado e a tal consciência humana não funcionar, termos que aguentar a desgraça por tempo indeterminado e quando já não tiverem mais para destruir.

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