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Artigo de Opinião

27/02/2023 08:00

E passado um ano de conflito e de horror, não estamos nem mais perto de uma solução pacífica nem mais perto de uma vitória militar, seja de quem for sendo óbvio que o grande objectivo das democracias da Europa e da NATO e, em concreto, de qualquer cidadão democrata e pacifista é a derrota do ressuscitado imperialismo russo, numa versão século XXI dos ideários "czaristas" e "soviéticos", ainda que, na verdade, seja sobretudo "putista".

Infelizmente parece que estamos sim mais perto do que disse Einstein, o homem que com as suas teorias e conhecimento científico, nos trouxe - a toda a humanidade - uns passos mais perto de compreender os mistérios do universo, quando afirmou que não sabia como seria a III Guerra Mundial, ainda que soubesse como seria IV, com paus e pedras.

Não deixa de ser curioso e até assustador, no sentido do que nos faz pensar, que tão grande e importante cientista, que chegou a escrever uma carta, em 1939, a Franklin Roosevel sobre a possibilidade da criação de uma bomba de grande poder de destruição - a bomba atómica - tenha sido, depois do que viu acontecer em Hiroshima e Nagasaki, um paladino em permanente alerta contra os perigos de uma destruição nuclear em proporções mundiais.

Neste momento, temos de um lado a NATO e a União Europeia e as outras democracias, que estão com a Ucrânia e, do outro, com a Rússia, sem quaisquer equívocos, a China e a Índia e, por isso mesmo, este conflito é muito mais do que uma simples operação militar especial como a denomina a nomenclatura russa, e sim um conflito internacional, que vai muito além do bélico, é igualmente económico e ideológico.

Da nossa parte, europeus, é evidente que vamos continuar a apoiar a Ucrânia, quer enquanto parceiros da NATO, quer enquanto EU, ou seja, militarmente, com equipamentos e munições, mas também financeiramente, sendo de salientar que já este ano serão 18 mil milhões de euros que a UE tem para a ajudar a Ucrânia.

Neste campo, quero aqui relembrar o que disse recentemente a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, "a Ucrânia prevalecerá porque os ucranianos não vacilarão nem recuarão. E porque a Europa e os seus parceiros e aliados se manterão firmes», e com toda a razão, emoção e paixão, o disse, porque não há mesmo outra forma, que não seja esta, sermos iguais ou ainda melhores e maiores do que o exemplo de determinação e coragem que os ucranianos nos têm dado na defesa da sua nação, pese embora todos os sacrifícios, horrores inimagináveis, que têm vivido.

Sem esta unidade e temeridade da NATO e da UE na defesa da Ucrânia, a Rússia não vai deixar o território ucraniano. Por mais que seja um grande esforço económico e financeiro do Ocidente, por mais falta que possa fazer a todos os países da Europa e aos seus cidadãos, todos os milhares de milhões que estamos a gastar em ajuda à Ucrânia, a verdade é que, se não o fizermos, os russos não vão parar e isso não pode ser nunca permitido, porque a paz não vem com cedências, mas com a vitória e são 141 os países do mundo que estão contra a invasão russa.

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