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Artigo de Opinião

Deputado

6/07/2024 08:00

Interpretar o momento! Em política a capacidade de interpretar o momento, com visão e sentido de responsabilidade, é crucial para participar na construção do futuro. Os atores políticos que não o fizerem, ou que o subestimarem, correm sérios riscos de ficar aquém da história, de se reduzirem à insignificância do episódio efémero do entretenimento que não faz caminho nem progresso.

Isto a propósito da semana política que se viveu estes dias e das próximas semanas que serão cruciais para a estabilidade social e económica dos madeirenses e porto-santenses. Vimos de tudo. Os que interpretaram desde logo o momento e disseram presente. Os que o foram interpretando paulatinamente aproximaram-se, e quiseram participar. Ambos fazem parte da solução. São hoje atores e protagonistas. Atores comprometidos com quem os elegeu. Protagonistas que ganharam capacidade de influência no eixo da decisão. Ou seja, serão tidos e achados, decisivos no eixo da governação. Uma governação que não foi escolhida por nenhum deles, nem por nenhum de nós. Uma governação que foi escolhida pelos votantes regionais e que disseram o que queriam, quem queriam e como queriam.

Neste cenário, os dois maiores partidos da oposição, interpretaram o momento com radicalismo e extremismo. Colocaram-se à margem e deitaram-se de fora. Não quiseram ser ouvidos. Não quiseram ouvir, falar ou propor. Não lhes questiono a legitimidade. É um direito que lhes assiste. Todavia, com esta opção, ficam desde logo reduzidos a isso mesmo, a ser a margem e não o eixo. A margem que não influencia, não participa na mudança de dentro para fora. A margem que grita, esbraceja, publica, mas não interfere. Reafirmo, têm legitimidade para ser assim. Mas, que ganham com isso? Que ganha com isso quem os elegeu? Que ganha a Região com a sua opção? Pouco, ou mesmo nada! Queriam os madeirenses eleições outra vez?

Os cinco partidos que aceitaram sentar-se à mesa com o Governo Regional são atores de um programa de governo participado e plural. Colocaram nesse programa muitas das ideias, propostas e ansiedades. Essas propostas não são deles! São de quem votou neles! São dos madeirenses e porto-santenses. Representam diversas sensibilidades e fazem deste programa um programa mais forte e coeso. Fazem desta governação uma governação mais plural. Para todos esses, eleitores e eleitos, propostas e ideias, este foi o momento. O momento de fazer e participar na história autonómica da região. Estão dentro. Farão parte do eixo da história. Não serão lidos à margem.

Outros momentos seguir-se-ão. Vem aí não um, mas dois orçamentos no espaço de 6 meses. Mais dois momentos para defender quem nos elege. Para colocar no centro propostas de quem votou e elegeu essas 5 forças políticas que se sentaram e disseram sim ao diálogo. PS e JPP provavelmente continuarão a extremar e a ficar à margem. Neste momento, os madeirenses querem estabilidade e governação. É nisso que estamos focados. Estabilidade e governação, plural e democrática! E quando chegar o momento de outra vez eleger, os madeirenses decidirão!

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
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