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Artigo de Opinião

5/03/2024 08:00

Os últimos dias foram reveladores daquilo que distingue o PS e o PSD, cada vez mais contaminado por um discurso liberal e um conjunto de ideias populistas defendidas pelo CHEGA. Para ganhar as eleições de 10 de Março serve tudo, mas será que o fim justifica todos os meios? Os valores de Abril não estão à venda e a democracia e os direitos adquiridos por esta, por muito que custe a alguns, não permite retrocessos.

Das palavras do Pedro Nuno Santos, no comício em Machico, retenho o que é para nós o mais importante: fazer Portugal Inteiro.

Para o Partido Socialista não há regiões de primeira ou de segunda, contamos com todo o território para transformar Portugal num bom país para viver e trabalhar, que investe nos mais jovens e protege os mais fragilizados. Ao contrário da Direita, contamos com todos.

Luís Montenegro ainda não foi capaz de viajar até à Madeira, ainda não encarou os madeirenses na cara, nem existe uma previsão quando isso poderá acontecer na altura que vos escrevo este artigo, a apenas 6 dias das eleições. Da Aliança Democrática (AD), ainda não conhecemos as suas propostas para a região e quais são as suas prioridades para a Madeira. Porque foge Montenegro? Será possível ser Primeiro-Ministro e ter uma relação conflituosa com as Regiões Autónomas? Da sua ausência a ilação a retirar é de que Luís Montenegro não está ao lado dos madeirenses.

Caros leitores, os próximos anos serão desafiantes para o aprofundamento da nossa Autonomia, que não pode ficar manchada por casos judiciais e números de pobreza que nos envergonham. São várias as questões que estarão em cima da mesa nos próximos anos: o respeito integral pela Lei das Finanças Regionais e a sua possível revisão; a revisão da Lei da Gestão do Mar, onde é imprescindível dar voz às Regiões Autónomas sobre o seu mar, sendo ser impensável retirar destes territórios a gestão partilhada das suas águas. O Pedro Nuno Santos já disse estar preparado para estes desafios e para defendê-los como seus, ao lado do povo da Madeira e do Porto Santo.

No Parlamento Europeu, a Direita demonstrou, mais uma vez, uma postura censurável e enganadora. Após quase conseguirem chumbar a Lei da Restauração da Natureza, numa tentativa de impedir que esta fosse uma realidade ainda durante este mandato, com base numa campanha cheia de falácias, surgem como os salvadores do regulamento. Na política, não pode valer tudo, o compromisso com a ética e com a coerência deve ser inabalável para quem assume cargos políticos. Se hoje temos uma Lei cujo objetivo é restaurar e proteger os nossos territórios degradados, devemos ao trabalho do Partido Socialista Europeu, que sempre defendeu as causas ambientais e o futuro das novas gerações, equilibrado com as causas sociais de forma a não deixar ninguém para trás.

Em Março, tal como no próximo mês de Junho, é Abril que temos que cumprir. Não podemos retroceder nas conquistas que nasceram com a Democracia, as futuras gerações de madeirenses e de portugueses merecem um país melhor, merecem um Portugal Inteiro, com oportunidades para sermos quem quisermos ser, seja qual for o lugar onde nascemos. Mostremos coragem para combater o medo, façamos um país à imagem de todos e todas nós.

Abril começa em Março!

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