Depois de André Ventura ter criticado a solução encontrada por PS e PSD para o impasse na eleição do novo presidente da Assembleia da República, foi a vez de Francisco Gomes, deputado madeirense eleito pelo Chega, também atacar a opção de socialistas e social-democratas.
Através de um comunicado divulgado pelo partido, no qual são reproduzidas declarações de Francisco Gomes, o deputado considera que as dificuldades sentidas no processo de eleição do presidente do Parlamento podem ser um prenúncio do que será a nova legislatura. Isto “caso o PSD não saiba fazer uma leitura inteligente do contexto político nacional”, pode ler-se.
“A realidade política mudou, o bipartidarismo acabou e o Chega não pode admitir que os 1,2 milhões de votos depositados no seu projeto sejam espezinhados por dois partidos, PSD e PS, que se julgam donos das instituições públicas e do Estado. Tem de haver humildade do PSD e a perceção de que não vai a lado nenhum sem o apoio do Chega”, afirmou Francisco Gomes.
O deputado madeirense reforça que o PSD precisa de esclarecer se irá alinhar com a direita ou com os partidos à esquerda: “O PSD não tem um resultado eleitoral que lhe permita apenas comunicar qual serão as suas posições. Por isso, para obter os votos do Chega, terá de escolher entre negociar com a Direita responsável ou com a Esquerda fundamentalista.”
A terminar, Francisco Gomes diz que “o PSD é igual ao PS”, acusando ambos os partidos de terem sido “incompetentes na governação do país nos últimos 50 anos”.