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Ucrânia: Europa central prevê nova vaga de refugiados e pede ajuda a Bruxelas

JM-Madeira

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Data de publicação
24 Novembro 2022
18:57

A República Checa, a Polónia, a Hungria e a Eslováquia preveem uma nova vaga de refugiados ucranianos depois dos últimos ataques russos e devido ao inverno, e pediram à Comissão Europeia (CE) ajuda adicional para os receberem.

O pedido surge um dia antes da reunião extraordinária sobre migrações que os ministros do Interior dos 27 vão realizar esta sexta-feira em Bruxelas, convocada pela Presidência checa da União Europeia (UE).

"Vem aí mais uma vaga de refugiados", previu o chefe do Executivo polaco, Mateusz Morawiecki, numa conferência de imprensa na cidade eslovaca de Kosice, depois de participar numa cimeira do Grupo de Visegrado (V4), composta pelos quatro países da Europa central, dos quais três partilham uma fronteira com a Ucrânia.

Os seus primeiros-ministros manifestaram preocupação com o facto de milhões de ucranianos poderem fugir para o ocidente depois dos ataques russos e da situação precária que enfrentam devido à destruição das infraestruturas, que deixaram muitas regiões sem luz, aquecimento e água.

"Exortamos hoje Bruxelas a tomar medidas preventivas rápidas e a ajudar mais os países (de acolhimento), devido aos elevados custos que os refugiados implicam", disse Morawiecki.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, a Polónia recebeu mais de quatro milhões de refugiados ucranianos.

Por outro lado, o primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Viktor Orbán, lembrou que a imigração de outras regiões, principalmente do Médio Oriente, também aumentou este ano.

"Fazemos um pedido para que a UE nos liberte de parte deste peso", apelou Orbán depois de recordar que o seu país, além da chegada de um milhão de ucranianos, registou também um aumento de entradas ilegais na sua fronteira sul de pessoas que chegam através da chamada rota dos Balcãs.

A guerra lançada pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A ONU apresentou também como confirmadas desde o início da guerra a morte de 6.595 civis e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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