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Ucrânia: Lavrov diz que “política míope” do Ocidente ajudou Rússia a reforçar laços com o “sul global”

Data de publicação
14 Fevereiro 2024
18:50

O chefe da diplomacia russa defendeu hoje que “fracassaram” as tentativas para isolar a Rússia após a invasão da Ucrânia e que a “política míope” do Ocidente fomentou novas ameaças e ajudou Moscovo a aproximar-se do “sul global”.

“Os planos da minoria ocidental de isolar a Rússia e criar uma espécie de cordão sanitário em nosso redor fracassaram. Os próprios promotores destas iniciativas são forçados a admiti-lo”, disse Serguei Lavrov, durante uma intervenção na Duma estatal russa (câmara baixa do parlamento), citado pela agência noticiosa oficial TASS.

Na intervenção, Lavrov considerou que o Ocidente, liderado pelos Estados Unidos, utilizou o “regime de Kiev” para garantir esses objetivos, para além de ter disponibilizado “um amplo arsenal de ferramentas de guerra híbrida”, incluindo sanções económicas e diplomáticas, que também abrangeram os setores da informação, da cultura e do desporto.

No entanto, sublinhou que a “hostilidade coletiva” do Ocidente também permitiu o surgimento de “novas oportunidades” para dirigir as relações da Rússia até “diversas direções geográficas”, dando como exemplo a China e África, que se converteu “num dos polos do multipolar emergente”.

Lavrov, que visitará na próxima semana Cuba, Venezuela e Brasil, assinalou que no decurso da sua passagem pelo Rio de Janeiro na quarta e quinta-feira – onde vai participar na cimeira dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G20 (as 20 maiores economias do mundo) - a Rússia irá continuar a opor-se a “objetivos egoístas” que surgiram no grupo, incluindo “a ‘ucranização’ da agenda”.

Ainda em relação à Ucrânia, Lavrov voltou a assinalar que existe predisposição da Rússia para iniciar negociações, desde que se respeitem os seus “interesses legítimos”, totalmente contraditórios com as reivindicações ucranianas, empenhadas na recuperação da totalidade do território.

Estas palavras do ministro dos Negócios Estrangeiros russo seguem-se a declarações de outras fontes russas que, na terça-feira, asseguraram que a sugestão do Presidente russo, Vladimir Putin, de um cessar-fogo na Ucrânia e negociações, após contactos em dezembro passado entre intermediários, foi rejeitada pelos Estados Unidos da América (EUA).

Uma fonte oficial dos EUA negou sob anonimato que tenha havido qualquer contacto formal e disse que Washington não se envolveria em negociações que excluíssem a Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

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