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Jornadas Madeira: Olga Fernandes destaca "pouca valorização" que Governo Regional deu às florestas, à agricultura e ao pastoreio

JM-Madeira

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Data de publicação
25 Janeiro 2023
13:21

"Foi pela pouca valorização que se deu [Governo Regional) às florestas, à agricultura e ao pastoreio, como também aconteceu na Ribeira Brava; pela forma irresponsável que se permitiu o abandono dessas atividades; foi pela total falta de estratégia que se promoveu no turismo como base exclusiva da nossa economia; e foi pela forma como as obras inventadas foram ocupando a nossa paisagem; que criaram mais pobres e dependentes de um sistema que gosta de ter os cidadãos de mão estendida e, por isso, desvaloriza a pobreza".

Palavras da deputada do PS Olga Fernandes, a qual diz que o único culpado por este panorama são os sucessivos governos do PSD, que ao longo de anos "deram primazia ao Betão", "enterrando milhares de euros em obras megalómanas e inúteis levando a Madeira à banca rota, levando a Região a pagarem durante décadas uma dívidas astronómica de mais 6 mil milhões de euros que ainda hoje pagamos", sustentou.

Olga Fernandes diz que, no entender do PS, as Sociedades de Desenvolvimento devem ser extintas, "pois são autênticos sorvedores do horário público regional e não contribuem para a economia e para o desenvolvimento da região".

"Vai continuar o Governo Regional a injetar dinheiro em organismos sem qualquer rentabilidade?. Já injetou nas sociedades de desenvolvimento mais de 200 milhões de euros desde 2015 e já anunciou a intenção de absolver o passivo das sociedades avaliado em mais de 120 milhões de euros, o que significa mais 320 milhões de euros, valores que dariam para construir o nosso tão precioso e novo hospital", reforça.

Olga Fernandes refere ainda que os madeirenses pagam mais do que os restantes portugueses quando vão ao supermercado ou quando vão abastecer as suas viaturas. "Isso é inteira responsabilidade do Governo Regional", disse, afirmando que, ao abrigo da Lei das Finanças das Regiões Autónomas, e de modo a compensar os custos da nossa condição insular, o Governo regional tem autonomia para aplicar o deferencial fiscal de 30 por cento em relação ao continente, mas continua sem o fazer.

Por outro lado, e tendo em conta que as Jornadas Madeira debatem hoje os rumos a seguir no que toca à economia, Olga Fernandes questionou onde está a aposta do Governo regional na diversificação e transformação da economia. "O cenário atual coloca-nos perante desafios acrescidos e devem ser merecedores de uma atenção especial por parte dos nossos governantes", sublinhou, mormente na presente era da globalização e da digitalização.

"Aquilo que vemos é um executivo que reserva apenas 114 milhões de euros do PRR para a transição digital da administração publica, mas esquece a transição digital do tecido empresarial", aponta.

"Onde estão os apoios para tornar o tecido empresarial mais resilientes, competitivo e capaz de criar mais oportunidades de emprego que sejam capazes de fixar os jovens na sua terra", questiona a deputada, entendendo que é preciso "romper com ciclo da pobreza a que a região esta vetada".

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