As viagens turísticas de residentes em Portugal aumentaram 83,9% no segundo trimestre face ao mesmo período de 2020, mas ficaram ainda 35,4% abaixo dos níveis pré-pandemia, tendo sido quase exclusivamente realizadas em território nacional (96,9%), divulgou hoje o INE.

"No segundo trimestre de 2021, os residentes em Portugal realizaram 3,6 milhões de viagens, o que correspondeu a um acréscimo de 83,9% face a igual período do ano anterior (-57,6% no primeiro trimestre de 2021), contudo, ainda abaixo dos valores registados no segundo trimestre de 2019 (-35,4%, quando se realizaram 5,6 milhões de viagens)", avança o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Por destino das viagens, 96,9% decorreram em território nacional, o que correspondeu a 3,5 milhões de viagens, mais de 10 pontos percentuais acima da percentagem registada no segundo trimestre de 2019 (85,2%).

Inversamente, as viagens com destino ao estrangeiro "reduziram a sua expressão", limitando-se a 111,7 mil (3,1% do total; 14,8% no segundo trimestre de 2019).

No período em análise, o "lazer, recreio ou férias" foi a principal motivação para viajar (1,7 milhões de viagens, +65,1% homólogos; -35,8% face ao segundo trimestre de 2019), mas diminuiu a sua representatividade em 5,5 pontos percentuais (48,3% do total).

Já a "visita a familiares ou amigos" reforçou a representatividade (40,0% do total, +5,1 pontos percentuais) e foi o segundo principal motivo das deslocações efetuadas (1,4 milhões de viagens, +110,8%; -31,5% quando comparado com o mesmo período de 2019).

As viagens por motivos "profissionais ou de negócios" (227,4 mil) aumentaram 50,3% (-56,4% face a 2019), registando-se, contudo, uma diminuição da sua preponderância em 1,4 pontos percentuais (representando 6,3% do total).

Os "hotéis e similares" concentraram 16,5% das dormidas, reforçando a sua representatividade (+5,7 pontos percentuais), enquanto o "alojamento particular gratuito" apesar da redução do seu peso no total (-7,4 pontos percentuais) foi opção em mais de três quartos do total de dormidas (76,8%).

De acordo com os dados do INE, no processo de organização das deslocações, a Internet foi utilizada em 14,2% dos casos (+2,3 pontos percentuais), tendo este recurso sido opção em 53,5% (+5,4 pontos percentuais) das viagens para o estrangeiro e em 12,9% (+1,3 pontos percentuais) das viagens em território nacional.

No segundo trimestre, cada turista residente dormiu, em média, 5,17 noites nas viagens turísticas realizadas (-20,1%; 6,46 noites no segundo trimestre 2020; 4,11 noites no segundo trimestre de 2019).

A duração média mais elevada foi observada nas viagens realizadas em junho (5,84 noites).

Lusa