Após atingir o seu valor máximo em 2004 (1 629 embarcações), o número de embarcações de comércio que entraram nos portos da Região apresentou uma tendência decrescente até 2013, estabilizando nos anos seguintes, indica a Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM).

O estudo realizado pela referida entidade dá conta de que, em 2019, verificou-se uma recuperação, entretanto anulada pelos efeitos da pandemia de 2020, que fez descer este número para o nível mais baixo desde o início do século.

No último ano disponível (2024), entraram 1.325 embarcações de comércio nos portos da RAM, constituindo o valor mais elevado desde 2013 e representando um aumento de 4,5% face ao ano precedente.

Em 2004 entrou “o maior volume de carga nos portos da Região, num contexto de forte dinamismo económico, em grande parte explicado pelas numerosas obras públicas então em execução”.

Esse período, indica ainda a DREM, marcou também o final de uma trajetória de crescimento contínuo iniciada em 1976. “A partir daí, observou-se um decréscimo, acentuado pela crise económica de 2011- 2013. Desde então, é visível uma tendência de recuperação gradual, interrompida pela pandemia em 2020, ano em que foram descarregadas 947,8 mil toneladas”, salientou.

Em 2024, as mercadorias descarregadas totalizaram 1,3 milhões de toneladas, o valor mais elevado desde 2010, correspondendo a um aumento de 1,4% face a 2023.

Quanto às mercadorias carregadas, distinguem-se três fases de evolução: a primeira, de crescimento entre 1976 a 1996, interrompida nos dois anos seguintes; a segunda, iniciada após essa data e que dura até 2011, com tendência globalmente positiva; e uma terceira de relativamente estabilização de valores, entre 2012 e 2024.

Neste último ano, foram carregadas 156,4 mil toneladas, mais 0,9% do que em 2023. Importa referir que as mercadorias carregadas representam uma parcela significativamente menor do total movimentado, refletindo a forte dependência externa da Região. Desde 1976, o peso das mercadorias carregadas no total variou entre 3,9% (1999) e 16,6% (1976). Mais recentemente, fixou-se em 12,5% em 2021, 11,6% em 2022, 11,0% em 2023 e 10,9% em 2024.