O otimismo dos gestores portugueses manteve-se “relativamente estável” em agosto, continuando negativo desde setembro de 2023 e mantendo-se a “situação internacional” e o “governo e política” como a principal preocupação, segundo um barómetro hoje divulgado.
O otimismo medido pelo barómetro do Fórum dos Administradores e Gestores de Empresas (FAE) manteve-se “relativamente estável” em agosto, com uma pontuação de 2,16 face aos 2,20 do mês anterior.
Relativamente às principais preocupações dos gestores, mantiveram-se também “estáveis, com ligeiras subidas e descidas”, continuando a destacar-se a “situação internacional” (que passou de 27,3% em julho para 24,4% em agosto) e, a nível nacional, o “governo e política” (que progrediu de 18,2% para 18,4%).
Seguem-se os “impostos e tributação” (8,30% para 8%), a “taxa de inflação (4,5% para 5,7%), “concorrência e modelo de negócio” (4,5% para 4,6%) e a “corrupção” (mantém os 3,4%).
Já as subidas e descidas mais acentuadas, verificam-se nas categorias “digitalização, disrupção tecnológica” (1,1% para 5,7%), “cadeias logísticas, abastecimento” (1,1% para 2,3%), “contratação e retenção de talentos” (13,6% para 18,4%), “taxa de Juro” (10,2% para 2,3%) e “legislação e regulação” (8% para 4,6%).
“Poderá adivinhar-se pelo panorama das preocupações dos gestores um foco nas preocupações relacionadas com a situação internacional e os reflexos no mercado de trabalho, adaptação às novas tecnologias e oportunidades profissionais, a nível nacional”, nota o FAE.
O Barómetro Mensal dos Gestores Portugueses baseia-se num inquérito mensal aos associados do FAE sobre o que mais preocupa para os 12 meses seguintes, incluindo também o seu nível de otimismo e pessimismo para esse período.
Com as respostas – normalmente entre 170 a 210 – o Fórum constrói um barómetro mensal que indica, mensalmente e numa série longa, a evolução das preocupações e do otimismo dos gestores portugueses.