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Venezuela: IL pede reunião urgente ao MNE sobre situação do país e da comunidade

Data de publicação
05 Dezembro 2024
17:22

A Iniciativa Liberal (IL) pediu hoje uma reunião urgente ao ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Paulo Rangel, para debater a crise política e social na Venezuela e as condições da comunidade portuguesa, após as contestadas eleições presidenciais de julho.

Numa carta dirigida ao ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, a IL afirma que a reunião, que pede que seja promovida “com caráter de urgência”, será “uma oportunidade para reafirmar o compromisso do Estado Português com a liberdade e os seus cidadãos, dentro e fora do território nacional”.

A bancada liberal recorda que a 10 de janeiro está prevista a posse de Nicolás Maduro para um terceiro mandato presidencial, após as eleições realizadas em 28 de julho, que foram amplamente contestadas pela oposição – que reivindicou a vitória do seu candidato, Edmundo González Urrutia – e por grande parte da comunidade internacional.

A IL considera que o processo eleitoral “foi marcado por graves irregularidades, incluindo a recusa em publicar resultados que apontavam para uma derrota de Nicolás Maduro por uma margem superior a 40%”.

“A repressão no país intensificou-se drasticamente desde as eleições. Estima-se que mais de 2.000 venezuelanos foram presos arbitrariamente, incluindo 198 crianças e adolescentes, muitos dos quais vítimas de tortura e abusos sistemáticos. Entre estes há luso-venezuelanos”, referem os liberais, que salientam que as pessoas são mantidas em “condições desumanas” nos centros de detenção.

A Iniciativa Liberal afirma que a comunidade portuguesa na Venezuela, composta por mais de 300 mil cidadãos e lusodescendentes, “vive na linha da frente desta crise humanitária”, com muitos a enfrentar “dificuldades graves, que vão desde a insegurança alimentar até à ausência de cuidados médicos básicos”.

A IL reconhece “os esforços da diplomacia portuguesa em garantir apoio consular e social”, mas considera que “as recentes declarações do Embaixador de Portugal em Caracas, recomendando ‘equidistância’ à comunidade portuguesa perante a crise política e social do país, geraram desconforto e uma sensação de abandono”.

Na semana passada, o diplomata João Pedro Fins do Lago recomendou que a comunidade portuguesa permaneça tranquila e “sólida nos seus propósitos”, mas equidistante de questões que dividam o país, uma posição criticada pela líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado.

“Portugal não pode nem deve ser equidistante face à opressão, à fraude eleitoral e às violações de direitos humanos que assolam a Venezuela” e “tem o dever de liderar pelo exemplo, demonstrando que a defesa da democracia e dos direitos humanos não é negociável”, defende a IL, na carta.

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