A Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) atribuiu o galardão de 5º melhor árbitro masculino de futebol ao luso-descendente, Victor Gomes, árbitro de futebol da República da África do Sul.

O filjho de madeirenses foi detentor por duas vezes do galardão de 'Melhor Árbitro da África do Sul e, no ano passado, do título de 'Melhor Árbitro de África', como o JM oportunamente publicou.



Convidado a se pronunciar se mantém a decisão tomada antes de partir para o Mundial de Futebol do Catar 2022 de terminar a sua carreira de árbitro e se o galardão que, ontem, lhe foi atribuído não altera essa decisão, respondeu perentoriamente: "sim, mantenho a minha decisão, é final. Foi essa a minha intenção como declarei ao JM no dia da minha partida parar o Qatar.


Victor Gomes diz ter aceite a distinção com muito agrado. "É um prémio que não pertence só a si, devo isto à minha mulher e filhos pelo apoio e sacrifícios durante estes anos todos, aos meus pais, aos muitos amigos, pessoas conhecidas, os colaboradores da minha companhia, aos meus colegas árbitros, à Associação de Árbitros da África do Sul e à South African Football Association pelo apoio e confiança. É um prémio para a África do Sul e, especialmente, para toda a África e para a Madeira, que também me também que me acarinhou e apoiou de diversas formas", afirmou ao JM.


"É a primeira vez que um árbitro africano recebe esta distinção e estou feliz por isso e pelas razões ante mencionadas. Agora que concretizei e consegui o que consegui no Mundial do Qatar 2022 estou agradecido e poder disperder tempo com a minha família. A minha retirada das lides da arbitragem foi algo que discuti com a minha mulher. Estou convicto que fui melhor do que aqueles que vieram antes de mim e desejo sinceramente que os vindouros sejam melhores do que eu. Todos aqueles que me conhecem e que comigo lidaram sabem que o futebol 'me corre nas veias'. Abandono os estádios, sim, mas com a certeza que vou ainda dar a minha contribuição para erguer bem alto a bandeira da África do Sul., concluiu.

José Luiz da Silva, correspondente em Joanesburgo, África do Sul