Portugal e Inglaterra defrontam-se esta noite em jogo a contar para a segunda jornada do Grupo D, do Campeonato da Europa de Sub-21. Rui Jorge, selecionador Nacional, admite que o jogo será uma “batalha interessante” pela posse de bola.
“São duas equipas que primam pela posse de bola. Vamos tentar perceber quem conseguirá ter maior facilidade em mantê-la e, quando a recuperar, que danos poderá causar no adversário. Será um jogo bastante interessante a esse nível, além da enorme qualidade individual presente”, analisou Rui Jorge, em videoconferência de imprensa.
Finalistas vencidos em 1994 e 2015, os lusos defrontam a seleção dos ‘três leões’, vencedora em 1982 e 1984, no domingo, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), no Estádio Stozice, na capital eslovena de Ljubljana, com arbitragem do francês François Letexier.
“Não creio que a Inglaterra jogue mais aberta do que a Croácia, mas, eventualmente, do que a Suíça. Será importante perceber aquilo que estas duas equipas, que por norma se sentem mais confortáveis com bola, conseguirão fazer quando a recuperam. Poderá ser um dos pontos-chave neste jogo e vamos estar preparados para isso”, reforçou.
Portugal pode assegurar já uma das duas vagas disponíveis para a ronda eliminatória (quartos de final, meias-finais e final), destinada às oito melhores seleções, entre 31 de maio e 06 de junho, caso vença os ingleses e a Suíça não perca perante a Croácia.
“Seria uma boa prenda. Fora de horas, mas seria uma boa prenda. É com essa ideia de conquistar os três pontos que vamos partir para o jogo, independentemente de ainda não sabermos em que é que esse resultado poderá originar em termos de contas finais”, sustentou Rui Jorge, que hoje completa 48 anos e lidera os sub-21 há uma década.
Focada em “descansar, fazer uma boa recuperação e acertar estrategicamente” o plano de jogo frente à Inglaterra, surpreendida na ronda inaugural pela Suíça (1-0), a formação das ‘quinas’ voltará a competir três dias depois da estreia vitoriosa com a Croácia (1-0).
“Acho que será igualmente difícil. Se fizermos as coisas como devemos fazer, o jogo pode, aparentemente, tornar-se mais fácil. A Inglaterra tem vários jogadores que desequilibram, são muito velozes e ágeis. Temos de controlar muito bem isso. Se o fizermos corretamente, temos hipótese de conseguir um bom resultado”, afiançou.
Rui Jorge admite promover alterações no ‘onze’, embora prefira “esperar até ao último momento” para entender o nível de recuperação dos titulares diante da Croácia e tomar decisões. “Não é líquido que a equipa seja a mesma e este adversário tem características ligeiramente diferentes. O facto de, no cômputo geral, o grupo ser valioso permite-nos olhar e pensar nestas questões sobre quem está mais ou menos descansado. Sabemos que a qualidade deles é muito forte e isso dá-nos conforto como treinadores”, finalizou.