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Escassas mesas de voto perturbaram votação na África do Sul

JM-Madeira

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Data de publicação
25 Janeiro 2021
11:11

As eleições presidenciais decorreram na África do Sul com um número reduzido de eleitores a exercerem o seu direito de voto. A maioria dos recenseados não votou como era expectável, se bem que em Joanesburgo o número de votos foi superior às eleições presidenciais de 2016.

Continua a não existir as requeridas condições para proporcionar aos portugueses residentes na África do Sul, condições para poderem exercer este direito cívico.

Em Portugal, funcionaram 2.700 mesas de voto e na África do Sul apenas 4. Só a área de jurisdição consular de Joanesburgo, é cinco vezes e meia superior à superfície de Portugal Continental e Regiões Autónomas. Desconhece-se qual as verdadeiras razões que de um planeamento menos bom, o qual promove uma dissemelhança entre portugueses criando entraves ao exercício de um direito cívico e consagrado na Constituição.

É insultuoso o número de mesas de voto para um país com uma superfície 1.221 092 kms2 por onde os portugueses estão espalhados. Esta situação não deixa de criar um mal-estar comum, incluindo os executores da política do governo que após esforço tremendo não conseguem obter os resultados desejados.

Secretários de Estado, deputados da emigração pelo círculo fora da Europa fazem exortações, apelos insistentes a apelar ao voto votem, mas são esses mesmos que na hora de se asseverarem de que tudo está em ordem, não o fazem, remetem-se a um silêncio censurável, contrariando as promessas e as exortações feitas acaloradamente.

As províncias do Kwazulu-Natal, Free State, Norh West, Mpumalanga e Limpopo distantes de Joanesburgo e de Pretória - uma mesa de voto por provincia, creio estar ao alcance consular que mercê de boa gestão obtém receitas indizíveis que poderiam muito bem custear uma mesa de voto por província.

Mau grado este planeamento de desrespeito por cidadãos portugueses que se sabe estarem imbuídos de um querer e grande vontade e prazer de exercer o seu direito de voto.

Não se compreende a recorrente falta de consultas com pessoas que se interessam com os assuntos comunitários ou até mesmo com aqueles que o Estado reconheceu os seus serviços para encontrar uma solução para por termo a este ineficiente, desleixado, abominável planeamento que apenas atribuiu quatro assembleias de voto para a África do Sul que funcionaram nas instalações consulares nas cidades de Pretória, Joanesburgo, Durban e Cabo.

Isto traduz-se numa patologia eleitoral que não pode continuar a repetir-se, algo que se fica muito a dever à ligeireza e incompetência com que a briosa equipa de planificação sob a tutela da Comissão Nacional de Eleições e seus acólitos "olham" para a Comunidade Portuguesa da África do Sul, e é conveniente relembrar que os seus membros são tão portugueses como os que votaram nas 2.700 assembleias de voto em Portugal.

Urge-se uma vez mais a quem de direito que encontre uma solução para este descalabro eleitoral que é recorrente e preteriu uma vez mais muitos elementos da comunidade a votar para o Presidente do seu país e lembrar que os emigrantes não sevem só para serem convocados a fóruns e conferências sobre investimentos e passar férias no seu país.

José Luís da Silva, correspondente em Joanesburgo (África do Sul)

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