O Papa Francisco exortou hoje os cristãos à oração de intercessão "pelas esperanças e sofrimentos do mundo", lançando a questão aos presentes na Praça de São Pedro, no Vaticano, se sabem ser "intercessores pelos outros".
Na oração do Angelus, perante milhares de fiéis, o Papa falou sobre a festividade da Ascensão, que hoje se assinala, defendendo que Jesus "sobe ao Pai para interceder" em favor dos homens.
"Ao subir ao Céu, Jesus, em vez de ficar perto de poucos com o seu corpo, faz-se próximo de todos com o seu Espírito. O Espírito Santo torna Jesus presente em nós, além das barreiras do tempo e do espaço, para nos tornar suas testemunhas no mundo", disse o pontífice, acrescentando que "assim, diante dos olhos do Pai, há e sempre haverá, com a humanidade de Jesus" as vidas dos homens, as suas esperanças e as suas feridas.
"O Evangelho quer nos dizer que Jesus é o grande sacerdote da nossa vida. Jesus sobe ao Pai para interceder em nosso favor, para apresentar-lhe a nossa humanidade", adiantou Francisco, pedindo depois aos presentes na Praça de São Pedro que aprendam "a oração de intercessão", para que intercedam "pelas esperanças e sofrimentos do mundo, (…) pela paz".
A terminar, o Papa deixou ainda desafio: "sabemos ser intercessores pelos outros, isto é, sabemos rezar por eles e abençoar suas vidas?".
No final da oração, Francisco anunciou a realização de um Consistório no dia 27 de agosto, no qual serão criados 21 novos cardeais, entre os quais o atual arcebispo de Díli, Virgílio do Carmo da Silva, de 54 anos.
A partir daquele dia, serão 229 os membros do Colégio Cardinalício, 131 dos quais com direito a voto num futuro conclave.
Portugal tem cinco membros neste Colégio: Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima, José Tolentino Mendonça, arquivista e bibliotecário da Santa Sé, Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor emérito e José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, estes dois últimos com mais de 80 anos e, por isso, sem direito a voto.
Lusa