O presidente da junta de freguesia dos Prazeres, Paulo Ferreira, acusou hoje o padre Rui Sousa de deixar ao "abandono" a Quinta Pedagógica dos Prazeres para que a sua empresa - a Mistérios da Quinta - "começasse a prosperar".
Numa longa publicação na sua página numa rede social, o autarca afirma que o sacerdote "deixou os jardins da Quinta Pedagógica abandonados (verdadeiro matagal), o parque infantil degradado e etc. etc., para justificar o encerramento da Quinta Pedagógica e para que a sua empresa começasse a prosperar, nem que para isso desse a entender que havia políticos que não apoiavam a Quinta Pedagógica, o que era mentira descarada".
Paulo Ferreira enquadra que a empresa Mistérios da Quinta foi fundada pelo padre em 2016 "com o registo de atividade comercial quase idêntico ao da Quinta Pedagógica dos Prazeres", que o padre também geria, e que logo ambas passaram a ser "concorrentes uma da outra".
Disse ainda que, a determinada altura, o padre começou a dizer a "mentira" que a Quinta Pedagógica "não tinha apoio por parte do Governo Regional, Câmara Municipal da Calheta e da junta de freguesia dos Prazeres", e que, por isso, "o encerramento era o caminho" para aquele espaço.
"Tinha uma Canter branco e uma carrinha Mercedes branca que estava ao serviço da Quinta Pedagógica, mas já eram do padre Rui Sousa. E, neste momento, está ao serviço da sua empresa, para quem quiser ver. Mais uma mentira", atirou.
E acrescenta: "A empresa do padre Rui Sousa contratou as duas funcionárias da Quinta Pedagógica que tinham a seu cargo toda a logística e operacionalidade, criando assim grandes dificuldades à Quinta Pedagógica; e na hora da saída, como se não bastasse, apagaram todos os registos informáticos".
Remata a publicação escrevendo que "o tempo encarrega-se de trazer sempre a verdade e hoje a população da freguesia esta a ver a verdade".
Alberto Pita