O líder parlamentar do JPP, Élvio Sousa, foi esta manhã o porta-voz de uma iniciativa do partido, que decorreu na Assembleia Legislativa da Madeira, e durante a qual abordou a questão do novo contrato da Porto Santo Line para o transporte regular de passageiros, questionando as razões pelas quais este ainda não foi divulgado.
Através de um comunicado enviado às redações, o JPP recorda que "pediu ao presidente do Governo, Miguel Albuquerque, a 2 de janeiro de 2023, uma cópia do novo contrato sobre a renovação da concessão da linha de transporte regular de passageiros e mercadorias por via marítima, entre a Madeira e Porto Santo com a empresa Porto Santo Line, pedido este que, após duas semanas, ainda não foi satisfeito".
O líder do grupo parlamentar recordou que o contrato deveria ser revisto dois anos antes do seu término, mas "apressadamente, foi revisto três anos antes e aprovado em Conselho de Governo, no mês da 'festa', ou seja, em dezembro, numa altura posterior à discussão do Orçamento da Região de 2023 e numa época em que a generalidade dos madeirenses andava ocupado com a época natalícia".
Para o parlamentar é incompreensível que "Miguel Albuquerque, que se gaba de ser transparente e de defender o exercício de fiscalização no Parlamento ainda não tenha entregue ao JPP o novo contrato com a Porto Santo Line". Após duas semanas a aguardar é "tempo do presidente do Governo Regional mostrar o jogo, e sobretudo determinadas negociatas administrativas que tentou fazer nas costas dos madeirenses, durante a festa", destacou.
"É razão para perguntar se este novo contrato com a Porto Santo Line é secreto?", questionou o deputado.
Élvio Sousa alertou para "a propaganda que o Governo faz chegar aos jornais" e aconselhou os madeirenses a "não acreditarem em tudo o que leem, sem ter acesso aos documentos originais, como faz o JPP".
"Veja-se o silêncio sobre a questão da substituição do navio no mês de janeiro, uma obrigação do contrato anterior, e uma reivindicação da população do Porto Santo. Recorde-se que foi um compromisso do Programa de Governo do PSD, manter a ligação durante todo o ano com o Porto Santo, compromisso esse que ninguém investiga ou aborda em termo de comunicação".
Para o JPP, "tudo leva a crer que Albuquerque está refém dos interesses monopolistas que governam a Madeira, a juntar o facto dos porto-santenses pagarem custos de transporte marítimo excessivos do Caniçal para o Porto Santo, num modelo de transporte que necessita de ser renovado e atualizado", acrescentou.
"Depois de ter faltado à palavra aos madeirenses, e se ter rendido aos grupos monopolistas que hoje mandam e desmandam nalguma comunicação social da Região, perguntamos: será que o novo contrato entre o Governo e a Porto Santo Line é secreto? Se não é, então Miguel Albuquerque que o divulgue e que o faça chegar o quanto antes ao povo para que possamos todos, fazer uma análise isenta e séria daquilo que foi o compromisso com de Miguel Albuquerque com a população do Porto Santo e com aquilo que está plasmado no próprio Programa de Governo" concluiu.