As cerimónias comemorativas dos 516 anos da cidade do Funchal começaram hoje de manhã com um protesto de uma cidadã contra a forma como está a ser gerido o combate ao incêndio que consome as serras da Madeira.
O momento foi protagonizado por Marta Sofia, ex-candidata independente do Livre Madeira nas eleições regionais, mas que, no caso, agiu na qualidade de cidadã.
Marta Sofia apareceu na Praça do Município com uma venda nos olhos e uma fita preta na boca, exibindo um cartaz onde se podia ler “SOS”, numa alusão ao momento difícil que a ilha está a atravessar devido à progressão do incêndio.
“É um SOS porque estamos em crise. Eu acho que está a falhar tudo. E acho que está a falhar tudo há algumas décadas. Neste momento, temos o nosso património natural a arder. Chamem-lhe mato. Chamem-lhe o que quiserem. Nós temos floresta, nós temos escarpas a arder”, protestou, lançando um “pedido de socorro, porque senão isto vai arder tudo”.
Segundo Marta Sofia, “a culpa ou é do vento, ou é da República, porque a culpa é sempre de alguém; nunca é destas pessoas que foram de férias, vieram ver o lume e voltaram para as férias”.
No momento em que prestou declarações aos jornalistas já não tinha consigo o referido cartaz. A madeirense explicou que o mesmo lhe foi retirado por elementos da PSP. E, porque estava além das barreiras de segurança que foram temporariamente colocadas por causa das comemorações do Dia da Cidade, a PSP mandou-a também para trás das barreiras.
Notícia atualizada às 15h45.