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Ponta do Sol vai adquirir árvores para dar aos proprietários que queiram converter terrenos abandonados em pomares

Data de publicação
08 Setembro 2024
11:38

A Ponta do Sol vai adquirir árvores para distribuir aos proprietários que queiram converter terrenos abandonados em pomares, procurando reduzir os riscos quer de incêndios quer de aluviões.

A informação foi adiantada, esta manhã, por Célia Pessegueiro, presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, no 523.º Aniversário do Dia do Concelho, que começou o seu discurso com uma palavra de agradecimento a todos os que estiveram na frente de combate ao fogo, nomeadamente aos bombeiros, à proteção civil municipal e regional, aos cidadãos, aos militares e à equipa helitransportada da Região e a equipa dos Canadair.

A autarca diz que agora é tempo de “erguer os braços” e trabalhar no sentido de limpar levadas e veredas, recuperar as áreas ardidas, intervir nos pontos de maior risco de derrocada e fazer regressar o verde.

Para isso, a edil sublinha a necessidade de serem tomadas medidas “para que estas e outras áreas, em especial na faixa entre as habitações e o início da mancha florestal, sejam rentáveis para os seus proprietários”, considerando que isso só é possível “com a introdução da pecuária e da fruticultura”.

Nesse sentido, a edil adiantou então que a Câmara Municipal vai adquirir árvores em quantidade para distribuir aos proprietários que queiram converter terrenos abandonados em pomares.

“Queremos garantir que nessas áreas sejam plantadas árvores de fruto, em particular castanheiros e nogueiras, que juntamente com zonas delimitadas de gado sejam a primeira barreira de resistência aos incêndios”, realçou a edil.

Célia Pessegueiro reconhece, porém, que este não é “um caminho fácil, porque muitos terrenos são inacessíveis, as parcelas são pequenas, os canais de rega foram desaparecendo ao longo dos anos”.

No entanto, a autarca acredita que é previso rever o relacionamento com a terra e a natureza para garantir sustento, mas também reduzir os riscos quer de incêndios, quer de aluviões.

“Na prática, são linhas corta-fogo, que só serão eficazes se forem rentáveis para os proprietários, e para isso é preciso investimento público”, apontou.

Quanto à área florestal, Célia Pessegueiro lembrou que a mesma é da responsabilidade do Governo Regional, “os municípios da Região não têm essa competência, mas estamos sempre disponíveis, com a coordenação do Governo, a criar políticas de gestão da floresta, essenciais a garantir uma floresta variada, saudável, importante para a captação e infiltração da água e para a paisagem que é o nosso cartão de visita para o turismo e para os madeirenses que olham para a floresta como parte de si e da sua Casa”, rematou.

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