Paulo Alves, deputado do JPP, considera que é urgente que o Governo Regional defina quando e como serão realizados os testes a toda a comunidade escolar, um universo de 52 mil pessoas.
"Não podemos admitir que, como é apanágio deste governo, apenas na véspera ou no próprio dia, seja feita a divulgação dos procedimentos, neste caso, do plano de testagem à comunidade escolar", disse o deputado.
"Uma vez mais, é notória a forma leviana como são apresentadas, pelo presidente do Governo Regional, as medidas a adotar", lamentou, em seguida. "Primeiro são lançadas na comunicação social e só posteriormente é que são definidos o plano e os procedimentos para a sua operacionalização. A metodologia de comunicação das medidas devia ser de forma inversa, para que estas não tenham um efeito contraproducente na população, aumentando a sua angústia e sofrimento."
Paulo Alves referiu que os enfermeiros "estão a trabalhar no limite, não têm capacidade para mais testagens, estão exaustos e não deverão ter possibilidade de assumir mais esta função", questionando por isso, "como se irá processar a realização destes testes e, ainda, se a Região dispõe de recursos humanos para a execução deste procedimento?"
"Para que a medida seja eficaz tem de ser executada num curto espaço de tempo e de forma a isolar casos positivos, impedindo contágios dentro do meio escolar. Salientando que, pela natureza do teste rápido, a probabilidade de obter falsos negativos é significativa, ou seja, importa ressalvar que, um resultado negativo num teste rápido não permite excluir, por si só, uma infeção pelo SARS-CoV-2", alertou ainda.
"Tendo em conta toda a situação epidemiológica atual na Região, entende o JPP que para garantir a eficácia de todo este processo e proporcionar maior segurança às famílias, alunos, pessoal docente e não docente, deveria ser adiado, por concelho ou se possível por escola, cabendo a estas no âmbito da sua autonomia a decisão, para o início das atividades letivas", concluiu.