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Francisco Gomes diz que programa de Governo “é uma ofensa à autonomia”

Data de publicação
10 Abril 2024
18:26

O programa de Governo que será apresentado amanhã na Assembleia da República pelo executivo da Aliança Democrática, liderado por Luís Montenegro, é “uma traição aos interesses autonómicos do povo madeirense”, diz Francisco Gomes, deputado do Chega eleito pela Madeira.

Numa nota enviada às redações, o deputado realça que, após análise do documento, o governo liderando pelo PSD está “completamente alheio” aos legítimos interesses dos madeirenses e espelha a “postura anti-autonomista” do atual primeiro-ministro quanto aos portugueses das ilhas.

“O programa de governo do PSD de Luís Montenegro, nas suas 185 páginas, faz apenas três referências à autonomia política, uma das quais no índice. O texto, em si, dedica menos de uma página ao tema da autonomia, o que, de facto, comprova bem a dimensão nula que a Madeira tem aos olhos deste PSD, que é marcadamente centralista, tal como o Chega avisou durante a campanha”, aponta Francisco Gomes.

No que se refere a medidas concretas para os desafios que a sociedade madeirense enfrenta, Francisco Gomes nota que o programa de governo é totalmente silencioso quanto às respostas que os madeirenses precisam para as suas vidas. Na sua ótica, este silêncio representa um “insulto” aos madeirenses e uma negação, ao mais alto nível, do contributo que a Região fez e continua a fazer para a afirmação de Portugal, não só no espaço atlântico, mas também além-mar, através da Diáspora.

“O programa de governo não tem respostas para a ligação marítima que há muito exigimos, não tem alternativas ao disfuncional modelo de subsídios das passagens, não fala da necessária revisão constitucional, não propõe o aprofundamento dos poderes dos órgãos de governo próprio e nada diz da plataforma continental, que é a maior do mundo graças à Madeira. Por isso, não toca em nada do que nos interessa. É confrangedor do ponto de vista da autonomia.”

A concluir, Francisco Gomes reforça que o programa de governo assinala a total perda de credibilidade do PSD-Madeira junto da direção nacional do seu próprio partido.

“As promessas feitas pelo PSD durante a campanha caíram no total vazio junto da sua própria liderança nacional. Claramente, não são interlocutores junto da República e os madeirenses merecem e precisam de apostar noutros canais de reivindicação das suas legítimas prioridades e interesses. O Chega está cá para liderar a luta autonómica e nunca venderemos, seja por que valor for, a bandeira da autonomia”, conclui.

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