O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Filipe Sousa, no seu ponto de ordem habitual, critica duramente a gestão do Governo Regional, destacando a crise na saúde como um exemplo claro de incompetência, na sequência de tudo aquilo que tem vindo a ser noticiado nos últimos dias e que envolve diretamente o setor regional da Saúde.
De resto, ontem, no aniversário dos Bombeiros Sapadores de Santa Cruz, com a presença de Pedro Ramos, o autarca de Santa Cruz já havia deixado um rol de críticas.
Hoje, em nota para a imprensa, aponta a falta de medicamentos, a sobrecarga nas urgências e a crise nos internamentos como reflexos de uma administração irresponsável e distante das necessidades da população. Filipe Sousa questiona a postura do Governo, especialmente após declarações de responsabilidades como Miguel Albuquerque e Herberto Jesus, que minimizam a gravidade dos problemas e até responsabilizam os cidadãos pelas suas próprias doenças no entender do político.
O presidente da Câmara expressa indignação pela falta de soluções concretas e pela falta de empatia do Governo, alertando que, se o estado atual persistir, as consequências para a população serão graves. Conclui com um apelo, sublinhando que, sem mudanças, a situação da saúde na Madeira continuará a deteriorar-se.
“Estamos lixados! Caras e caros munícipes, esta semana foi apenas mais uma em que aqueles que nos governam revelados não estarão à altura da missão que lhes foi confiada. A desgraça que grassa na saúde é o exemplo mais elaborado da incompetência deste governo, mas também da ligeireza grosseira e irresponsável com que enfrentam problemas sérios que afetam a população. há apenas uma certeza: se mantivermos, em Março, este estado de coisas, estamos lixados”, redigiu Filipe Sousa.
“Nas urgências está o caos instalado, os internamentos estão comprometidos para aqueles que precisam. De quem é a culpa, segundo o Governo Regional? Claro que a culpa é das altas dificuldades e dos próprios pacientes que desviam da saúde e não esperam ajuda. Esta última, então, é o fundo do poço onde estamos todos metidos”, desabafa o político na sua longa explanação.