MADEIRA Meteorologia

CARAM propõe aumento de 16% no subsídio de risco e apela ao diálogo com sindicato

Paulo Graça

Jornalista

Data de publicação
13 Novembro 2025
18:32
O presidente do CARAM, Duarte Sol, anunciou um aumento de 16% no subsídio de risco a partir de janeiro de 2026 e defendeu que a negociação sindical deve basear-se sempre na boa-fé e responsabilidade.

O presidente do Conselho de Administração do Centro de Abate da RAM (CARAM), Duarte Sol, afirmou que a negociação com o sindicato deve ter sempre por base “um princípio de boa-fé e de responsabilidade”, lamentando a convocação de uma greve para dezembro, quando já estava agendada uma reunião negocial.

“Não deixa de ter sido surpreendente termos sido convocados para este pré-aviso de greve em dezembro, quando já tínhamos esta reunião marcada”, referiu o responsável, sublinhando, contudo, que o encontro “foi bastante civilizado e caminhou no sentido de atender a algumas das reivindicações dos trabalhadores”.

Durante a reunião, o CARAM apresentou uma proposta de aumento do subsídio de risco em mais de 16%, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2026, ficando apenas dependente das autorizações da Secretaria Regional da Agricultura e da Secretaria das Finanças.

“Além disso, ficou o desafio de, ao longo do próximo ano, analisarmos a tabela salarial e corrigirmos algumas ineficiências, nomeadamente os escalões já absorvidos pelo salário mínimo regional”, adiantou Duarte Sol. O dirigente recordou que o atual acordo de empresa vigora até abril de 2027, mas que “há disponibilidade para iniciar um trabalho preparatório tendo em vista um futuro acordo mais equilibrado”.

Apesar do pré-aviso de greve, o presidente do CARAM considera que não se justifica uma paralisação. “Mesmo sem este avanço, acho que já não se justificava uma greve”, afirmou, defendendo que o diálogo tem sido uma constante entre a administração e os trabalhadores.

Duarte Sol destacou ainda que o acordo de empresa assinado em 2024 representou “um incremento significativo das remunerações”, sublinhando que, só a título de subsídio de risco, o CARAM pagou “mais de 50 mil euros, o que representou um custo superior a 62 mil euros para a empresa”. Acrescentou que o subsídio de insularidade significou “um valor superior a 60 mil euros que entrou diretamente nos bolsos dos trabalhadores”.

“Temos tentado manter sempre uma porta aberta ao diálogo. Eu, pessoalmente, trabalho de porta aberta e nunca me recuso a receber ninguém”, garantiu. O presidente do CARAM concluiu frisando que as reivindicações dos trabalhadores “são um direito, mas devem ser feitas com boa-fé e responsabilidade”.

Por fim, explicou que as melhorias agora propostas não eram possíveis em julho, uma vez que a empresa estava a meio da execução do orçamento de 2025. “Hoje, no âmbito da preparação do orçamento para 2026, já temos outras ferramentas que nos permitem olhar para janeiro com maior margem negocial”, concluiu.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Enfermeira especialista em reabilitação e mestranda em Gestão de Empresas
11/12/2025 08:00

O inverno chega e com ele, a pressão sobre os pulmões e sobre o sistema de saúde. As infeções respiratórias agravam-se: gripe, bronquiolites, crises asmáticas...

Ver todos os artigos

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Concorda com a entrega do Prémio Nobel da Paz a Maria Corina Machado?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas