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Associação pede que lince apreendido no Funchal seja devolvido à tutora

Data de publicação
29 Julho 2024
8:56

A associação Ajuda a Alimentar Cães apelou publicamente a que o lince do deserto apreendido recentemente no Funchal pela GNR seja devolvido à tutora de quem o animal selvagem foi retirado.

Foi inclusivamente lançada uma petição pública, que já conta com mais de três mil assinaturas, que sensibiliza à devolução do animal que estará atualmente enjaulado e com a opção de ser transportado para um zoológico.

Numa publicação nas redes sociais, a associação justifica que o animal que, apesar de selvagem, é “de trato fácil”, foi “adquirido em bebé, antes da consciência sobre o bem estar animal”. Admite assim que se tratou de “um erro cometido de forma inconsciente, sem má índole e sem qualquer tentativa de exploração há seis anos atrás”.

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“Os linces não são animais domésticos, como cães e gatos, e não podem ser criados ou mantidos em casa, segundo a legislação. Isto estimula sim o comércio ilegal. Isto estimula sim o tráfico de animais. E sem dúvida, a tutora deste animal deve ser punida”, refere.

Contudo, afirma que o lince “tem seis anos, tem nome, chama-se Bores e é um autêntico gato”. “É um animal domesticado e não sabe viver noutro meio. Vive dentro de uma quinta em liberdade e completamente segura, convive com outros animais e humanos desde que nasceu, tem uma alimentação adequada à sua espécie, é acompanhado por veterinários e está saudável”, argumenta.

“Foi recentemente retirado da sua família e ambiente tranquilo onde viveu durante seis anos e está numa jaula pequena, fechada, completamente triste, stressado e depressivo. Está num espaço de diversão, cheio de barulho todos os dias. Ele não está melhor do que estava. Está muito pior.”

A Ajuda Alimentar Cães refere ainda que uma das opções em cima da mesa é que este animal seja transportado para um zoológico e, nesse sentido, pede à justiça que a tutora volte a ter a guarda do animal que “não vai sobreviver sem o ambiente que estava habituado e sem a sua família”.

“Concordamos sim que a tutora deva prestar informações periódicas sobre o estado de saúde dele e facilitar o acesso às autoridades de fiscalização ao local onde ele vive para que seja sempre comprovado como está bem. Concordamos sim que seja punida para servir de exemplo a outras pessoas”, acrescenta, reiterando que “este animal não pode ficar mais tempo preso onde está e deve regressar ao seu lar.”

A associação tem acompanhado de perto a família deste animal que “todos os dias sofre e todos os dias o tem visitado e só o quer de volta”.

A mesma fonte pede, a concluir, que “antes de qualquer julgamento definitivo, este caso seja compreendido e tomem a decisão a pensar no bem estar deste animal que está em grande sofrimento longe de quem o ama.”

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

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