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Artigo de Opinião

Economista

8/02/2024 08:00

Malásia

O Sultão Ibrahim de Johor foi, a 31 de Janeiro, empossado como XVII Yang di-Pertuan Agong (Rei) da Malásia numa cerimónia realizada no Istana Negara Malaysia (Palácio Nacional da Malásia), de acordo com um sistema monárquico constitucional rotativo único que envolve os chefes das nove famílias reais do país. Este sistema, que prevê a eleição, pelos seus pares, de um novo rei de cinco em cinco anos, que apesar de possuir um papel constitucional cerimonial na governação da federação, tem vindo a tornar-se numa peça cada vez mais fundamental no que se refere à estabilização da situação política através do exercício de poderes discricionários.

Sucedendo ao seu cunhado, o Sultão Abdullah de Pahang, o Sultão Ibrahim de Johor, de 65 anos, é conhecido pela sua natureza franca e pelo seu envolvimento participativo em termos político-económicos, possuindo com uma fortuna pessoal estimada em USD 5,7 mil milhões. Antes da sua eleição pelos seus pares, manifestou a intenção de participar ativamente na governação nacional, com o intuito de dar maior peso à instituição da Monarquia na governação do país, como promotora da estabilidade política, seguindo os passos do seu antecessor. Porém, resta saber se a receita governativa que o Sultão tem aplicado no Estado e Territórios Ocupados de Johor, a Morada da Dignidade, pode ser replicada com sucesso a nível federal repercutindo-se no dia-a-dia de um país com 33,57 milhões de habitantes e cujo o crescimento, entre 4% a 5%, do PIB projectado para 2024, se encontra em risco devido à inflação e a cortes de subsídios anteriormente planeados a nível federal.

China

Com o início do Ano do Dragão a 10 de Fevereiro de 2024, tradicionalmente associado à força e ao poder, os chineses esperam um ressurgimento da economia após um 2023 turbulento. No entanto, persistem desafios significativos que representam potenciais ameaças ao crescimento económico contínuo da China, projectado em 5,4%.

O sector imobiliário, outrora em expansão e um dos principais motores do crescimento, enfrenta uma crise de liquidez e uma diminuição da confiança dos consumidores. Juntamente com o envelhecimento da população, e um mercado global incerto, os problemas do sector imobiliário podem repercutir-se na economia em geral, afetando o emprego (veja-se o crescente desemprego jovem que assola os recém-licenciados chineses), o investimento e o consumo. O que aconteceu no Japão na década de 90 do séc. XX, pode vir a verificar-se na China.

A crescente participação do estado na economia tem suscitado apreensão entre os investidores internacionais — a saída de capitais atingiu, em Setembro de 2023, 75 mil milhões de dólares, o valor mais elevado dos últimos sete anos. A estas incertezas juntam-se ainda as tensões geopolíticas em torno de Taiwan, um arquipélago que Xi Jinping se comprometeu a integrar na da China até 2049 — coincidentemente o mesmo ano em que a Declaração Conjunta Sino-Portuguesa deixará então de ser aplicável à Administração Chinesa de Macau, deixando de ter de cumprir os seus requisitos (o que que acontecerá à R.A.E de Macau depois de 2049 depende de como os políticos e a população macaenses se vão relacionar com o governo central).

Itália

Faleceu, a 3 de Fevereiro, S.A.R. Príncipe Vittorio Emanuele de Sabóia, Príncipe de Nápoles. Com a sucessão da Casa Real, infelizmente em disputa desde 2006, e deixando como herdeiras duas netas, a “sorte” parece favorecer o seu primo, o Duque de Aosta, enquanto pai de dois rapazes e pretendente ao trono italiano. Isto porque as regras de sucessão da Casal Real de Sabóia, aquando do seu afastamento da Chefia de Estado italiana não permitiam a sucessão por via feminina.

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