Estas são palavras de Wiston Churchill quando, ainda em 1908, avançou com os primeiros passos do que, depois, viria a ser o "Estado Social" no Reino Unido. Com Burke, Ele sabia que "um Estado sem meios para a mudança, carece dos meios para a sua conservação".
Até agora, os socialistas portugueses nunca assim entenderam. Praticam um conservadorismo saloio e uma caricatura de "Estado social" traduzido na sujeição do povo pela subsídio-dependência, na injustiça, na incompetência e na corrupção.
A campanha eleitoral, em curso, comprovou a mediocridade intelectual a que Portugal chegou, quase cinquenta anos após o 25 de Abril 74.
A questão grave e importante é esta: com a "classe política" que temos; com a imbecilidade legislativa em que vivemos; com a estupidez generalizada, visível nas redes sociais; com o dogmatismo conservador da religião laica Socialismo; COMO RECONSTRUIR PORTUGAL APÓS COVID?
Temo que esta questão só preocupará os Portugueses já na cauda da Europa e enganados pela propaganda, quando "elas morderem" por ausência de reformas feitas a tempo.
Assim, como evitar que o Povo Madeirense seja enredado num desastre nacional?
Utilizando o Poder Legislativo que caracteriza a nossa Autonomia Política.
Cada sector, público ou privado, em vez de bôcas de parco exibicionismo na comunicação social, rapidamente tem de preparar o seu conjunto de propostas e apresentá-las à Assembleia Legislativa da Madeira. Organizadamente, passar a "pente fino" a legislação existente e a que vai sendo publicada, para avançar com iniciativas ou alterações mais indicadas para o nosso Desenvolvimento Integral futuro.
O Parlamento é para isto.
Não para desprestigiantemente vulgarizar "recomendações" sem consequências, nem "votos" por isto e aquilo.
E que a Assembleia Legislativa da Madeira não tema as reações coloniais, mesmo quando da desacreditada "tutela constitucional".
Na Madeira da Autonomia montámos o "Estado Social" de acordo com as nossas possibilidades e realidades concretas. Procurou-se estabelecer um modelo em relação ao qual as novas modas da subsídio-dependência, infelizmente representam um retrocesso social subversivo.
Precisamente porque no nosso modelo, desde a criação de Emprego e da Universidade, às políticas de Educação, de Saúde, de Solidariedade Social, de Concertação Social, de Habitação e de Empreendedorismo, quer nos sectores primário, secundário ou terciário, o OBJECTIVO foi modernizar a Madeira em termos de cada vez mais se reduzirem dependências e diferenças sociais.
Porém, aqui e agora, há que avançar com novas fórmulas CORAJOSAS para, neste século XXI, chamar os Trabalhadores a um maior interesse e participação no sucesso de que precisamos para a nossa Economia.
Obviamente que das 28.905 Empresas, representado 79.785 postos de trabalho, que a Madeira possui, e que em 2019 facturaram quase seis biliões de euros, 99,3% delas são Pequenas e Médias Empresas e 96,07% são microempresas.
Num quadro destes, e até pelo falhanço da experiência em quase todo o planeta, seria absurdo os Trabalhadores "participarem" na gestão da Empresa.
Mas não há dúvida de que é preciso interessar mais o Trabalhador na Empresa pública ou privada onde trabalhe, a par de subidas salariais progressivas e prudentes (viabilidade da Empresa e controlo da inflação), para que mais moeda em circulação cresça a nossa Economia.
Interessar mais o Trabalhador na Empresa onde trabalha, passa por CONTRATOS DE PRODUTIVIDADE em que se reconhece aos Trabalhadores que livremente os venham subscrever, uma participação na mais-valia lucrativa que ano a ano seja alcançada.
Separadamente disto, também não virá mal ao mundo se estabelecido um quadro legal para, sob confidencialidade, os Trabalhadores virem sendo informados sobre a vida da Empresa.
Os sindicatos de obediência comunista - que só os delicodôces colaboracionistas ou do "politicamente correcto" não verão - farão todos os possíveis para se aproveitar dos problemas pós-COVID e tentar destruir as Liberdades democráticas e a Economia de mercado.
Eles vêm sendo contra os CONTRATOS DE PRODUTIVIDADE, pois o que querem é: a inviabilização das Empresas privadas; a manutenção de uma carga fiscal dura, que a adopção deste modelo aconselha a aliviar; a "luta de classes".
A situação dos Trabalhadores portugueses é das piores da União Europeia. Isto prova a debilidade que os comunistas trouxeram aos Sindicatos através da sua partidarização e dos danos que causaram à Economia.
Nos Estados Unidos, temos um sindicalismo forte na maior Economia de mercado do mundo, porque os Sindicatos não estão enfeudados a Partidos.
Pensemos a Madeira pós-COVID, nos quadros novos que os tempos novos vão exigir. Utilizando corajosa e criativamente o Poder Legislativo do nosso Parlamento. Mesmo que COM RISCO. E sem colarmos à parcela da faixa litoral oeste da Península Ibérica, deixêmo-la consolada na sua mediocridade.
Vai implicar lutas políticas. Pronto, vamos travá-las.
Pelo que volto a Churchill: "Uma Nação deve dar provas na guerra, de determinação; na derrota, de sobranceria; na vitória, de magnanimidade; na paz, de boa-fé".