O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou hoje a esperança de que seja possível assegurar a partir do próximo ano "novas estruturas" que mantenham a Web Summit em Portugal depois de 2028.
"No próximo ano espero que possamos ver o início de uma nova fase da Web Summit, das novas estruturas para o futuro da Web Summit e que consigamos prepará-la além de 2028", afirmou o chefe de Estado numa intervenção no encerramento da edição deste ano da Web Summit, que se realizou em Lisboa entre terça-feira e hoje.
A realização da cimeira tecnológica na capital portuguesa está garantida até 2028, mas Marcelo Rebelo de Sousa quer ver assegurada a continuidade além desse período e apontou para a primeira fila da Altice Arena, onde estavam sentados Paddy Cosgrave, fundador da Web Summit, e Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, perguntando: "Está prometido?"
A intervenção do Presidente da República no encerramento da Web Summit não é uma novidade e este ano foi a mais curta. Ainda assim, o chefe de Estado português arrecadou longos aplausos dos participantes quando confessou estar a sentir-se "um adolescente" por ter escutado o linguista e filósofo norte-americano Noam Chomsky.
"Quando tinha 18 anos, Noam Chomsky era uma das razões de debate na minha faculdade. E agora com 94 anos… Está vivo, muito vivo, e acredita no digital", referiu.
No regresso ao modelo pré-pandemia, mas em pleno clima de guerra na Europa e uma crise socioeconómica a brotar em todo o mundo, Marcelo Rebelo de Sousa pediu à comunidade científico-tecnológica para se unir em torno de cinco eixos: "Temos de ter paz, temos de reconstruir a Ucrânia, temos de recuperar as imensas economias e sociedades que sofrem com a inflação, temos de acelerar a transição energética e nunca, nunca, nunca esquecer a ação climática."
A sétima edição da Web Summit contou com mais de 70.000 participantes, 2.630 start-ups e empresas, 1.120 investidores e 1.040 oradores.
A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se na zona do Parque das Nações em Lisboa em 2016 e vai manter-se na capital portuguesa até 2028.