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Greve geral “entrou para a história do jornalismo português”

Data de publicação
16 Março 2024
13:47

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) avançou, hoje, num comunicado endereçado às redações, que a greve geral da passada quinta-feira, “a primeira em mais de 40 anos, foi um marco na história do jornalismo português”.

Dando conta de uma adesão em massa ao protesto nacional “por condições de trabalho dignas e em defesa da democracia”, informa que as redações de 64 órgãos de comunicação social locais, regionais e nacionais “ficaram totalmente paralisadas e registaram-se sérios constrangimentos noutras dezenas”.

Deste modo, o “Sindicato dos Jornalistas espera que as direções e administrações tenham compreendido o descontentamento que grasse entre a classe, passando finalmente das palavras aos atos”.

No que toca à imprensa regional, “essencial para o sucesso da greve e cujos jornalistas há muito apontam para a degradação das suas condições de trabalho e dificuldades específicas de sustentabilidade financeira dos seus órgãos de comunicação social”, o Sindicato refere que há, igualmente, o registo de uma “adesão massiva”, com a paralisação total das redações da Rádio SBSR, Rádio Despertar Voz de Estremoz, Rádio M24, Seia Digital, Rádio Paivense, Porto Canal, Médio Tejo, Sete Margens, Almada Online, Barlavento, Diário da Lagoa, Jornal do Algarve, Jornal do Ave, Jornal do Centro, Jornal do Fundão, Maré Viva, Notícias da Covilhã, Sul Informação, Diário Insular, Notícias do Sorraia, Rádio Cova da Beira, Região de Leiria, Reconquista, Rádio do Pico, Rádio Asas do Atlântico, entre outras, a par da comunicação social generalista.

Conforme o SJ dá conta, houve, no entanto, órgãos de comunicação social nacionais generalistas que não pararam totalmente, ainda que tenham registado “fortes constrangimentos no seu fluxo noticioso”, mormente o caso do Jornal de Notícias (adesão de 93), Público (83%), Expresso (75%), Visão (75%), Observador (75%) e Rádio Renascença (38%).

O comunicado refere, ainda, os quase 20 jornalistas freelancers, “um dos segmentos da classe mais vulneráveis”, que comunicaram a sua adesão à greve.

No geral, as concentrações por todo o país também contaram com uma forte presença de jornalistas, “um claro sinal de fortalecimento da união e solidariedade entre a classe: Lisboa (cerca de 500 pessoas), Porto (200), Coimbra (65), Faro (30) e Ponta Delgada (17)”. Registaram-se ainda duas concentrações espontâneas, uma em Viseu e outra em Évora. Na Madeira, a concentração realizou-se em frente à Assembleia Legislativa Regional e contou com cerca de duas dezenas de jornalistas.

Em causa estão reivindicações como, por exemplo, aumentos salariais em 2024 superiores à inflação acumulada desde 2022 e a melhoria substancial da remuneração dos freelancers, além do fim da precariedade generalizada e “fraudulenta no sector, pelo recurso abusivo a recibos verdes e contratos a termo e a melhoria das condições de trabalho do sector”.

A finalizar, o SJ reforça o seu “compromisso com a defesa dos direitos de todos os jornalistas, entre os quais o inalienável direito à greve, a continuar a lutar por condições de trabalho dignas e a defender democracia”.

Porque não se escreve liberdade sem jornalismo.
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