MADEIRA Meteorologia

Trump: OMS revê prioridades para cortar custos face a abandono dos EUA

Data de publicação
24 Janeiro 2025
14:13

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje estar a rever as suas prioridades face à retirada dos Estados Unidos da sua lista de membros, mas sublinhou ter um papel crucial na monitorização da saúde daquele país.

“Estamos a analisar as atividades a financiar como prioridade” e “a suspender as contratações, exceto nas áreas mais críticas”, avançou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa carta interna citada pela agência de notícias francesa AFP.

Admitindo esperar que o Presidente norte-americano, Donald Trump, reconsidere a decisão de abandonar a organização, o diretor-geral explicou que a situação implica um agravamento da situação financeira da OMS.

O anúncio causou também “muita preocupação e incerteza ao pessoal da OMS”, disse, adiantado que terão de ser tomadas medidas “para mitigar os riscos” e “proteger o mais possível as atividades e o pessoal da organização”.

A ordem executiva para retirar os EUA da OMS foi assinada no próprio dia da tomada de posse de Donald Trump.

O novo Presidente já tinha criticado duramente a organização pela forma como lidou com a pandemia de covid-19.

“A OMS defraudou-nos”, acusou na segunda-feira o republicano, ao assinar o decreto, justificando a retirada com a diferença entre as contribuições financeiras dos Estados Unidos e da China para a organização.

Os Estados Unidos são o principal doador e parceiro da OMS, uma organização da ONU sediada em Genebra, na Suíça.

“Lamentamos esta decisão e esperamos que a nova administração reconsidere a sua posição”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Estamos prontos para termos um diálogo construtivo que preserve e fortaleça a relação histórica entre a OMS e os Estados Unidos”, assegurou o diretor-geral da organização do universo da ONU.

Ao retirarem-se da organização, os Estados Unidos perderão o acesso privilegiado a dados importantes de vigilância epidémica, alertaram vários especialistas, o que poderá prejudicar as capacidades de monitorização e prevenção de ameaças à saúde provenientes do estrangeiro.

Esta retirada é ainda mais preocupante porque acontece numa altura em que a elevada circulação do vírus da gripe aviária nos Estados Unidos está a aumentar os receios de uma futura pandemia.

O país registou a sua primeira morte humana ligada ao vírus H5N1 no início de janeiro.

Numa conferência de imprensa hoje realizada, o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, lembrou que a organização “protege os Estados Unidos” das ameaças à saúde.

“A epidemia de gripe H5N1 é um exemplo, e muitas pessoas já nos contactaram para expressar as suas preocupações” porque temem “que os dados deixem de ser comunicados e partilhados”, disse.

O porta-voz destacou ainda o papel importante dos Estados Unidos nesta monitorização da saúde.

“Se os Estados Unidos parassem de comunicar alguma coisa, isso representaria um problema real”, alertou.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação e Mestrado em Gestão
24/12/2025 20:00

No Natal, cuidar é o maior presente, mesmo quando todos desembrulham os seus. Enquanto muitos preparam a mesa, há quem prepare o coração para cuidar, mesmo...

Ver todos os artigos

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Qual o valor que gastou ou tenciona gastar em prendas este Natal?

Enviar Resultados

Mais Lidas

Últimas