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Adesão cresce em nova greve geral em França contra reforma do sistema de pensões

JM-Madeira

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Data de publicação
31 Janeiro 2023
19:00

Centenas de milhares de franceses voltaram hoje a sair às ruas contra a reforma do sistema de pensões proposta pelo Presidente Emmanuel Macron, com muita adesão nas grandes cidades e apoio crescente da população.

Os sindicatos franceses estimam que mais de 500 mil pessoas estiveram hoje na marcha que partiu da Place d'Italie até aos Invalides, no centro de Paris, um número contestado pelas autoridades, que representaria um aumento de 100 mil pessoas face ao protesto do dia 19 de janeiro.

Noutras cidades, o movimento de contestação também deu sinais de fortalecimento após a primeira jornada de protesto. Em Marselha, Nantes ou Bordéus, mais pessoas saíram esta terça-feira à rua, mantendo-se ameaças de greve nos próximos meses.

Escolas, transportes, hospitais, mas também refinarias e instalações elétricas estiveram hoje a meio-gás. Os sindicatos estimam que apenas um em dois professores tenha ido trabalhar, enquanto o Governo contrapõe que só 25% fizeram greve. Cerca de 42 liceus foram mesmo fechados pelos alunos que também se opõem a esta reforma.

Os sindicatos continuam unidos neste protesto com a CGT e CFDT, as duas maiores centrais sindicais francesas, a baterem-se contra esta proposta.

Laurent Berger, secretário-geral da CFDT, disse que pensa que as manifestaçoes "vão chegar" para travar o Governo e que "os trabalhadores vão continuar na rua" até obterem o que querem.

Ao mesmo tempo, o apoio às greves generaliza-se na sociedade francesa, com várias sondagens a indicarem que mais de metade dos inquiridos apoiam o movimento social. Uma sondagem publicada na segunda-feira pelo gabinete OpinionWay para o jornal "Les Echos", indica mesmo que 61% dos franceses apoiam a mobilização.

A proposta do Governo chegou esta semana à Assembleia Nacional, mas a ministra Elisabeth Borne já avisou que o aumento da idade da reforma, atualmente nos 62 anos e que pode evoluir para 64 ou mesmo 65, "não é negociável", levando a esquerda a sair hoje à rua ao lado dos grevistas.

Até março, a proposta poderá ser alvo de alterações, cabendo agora ao Governo e aos deputados da maioria de Emmanuel Macron convencerem a direita tradicional, "Os Republicanos", para negociar a aprovação desta reforma que vai mudar a duração da vida contributiva de todos os franceses.

Lusa

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