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Rússia suspende a sua representação na NATO e a da Aliança em Moscovo

JM-Madeira

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Data de publicação
18 Outubro 2021
15:01

A Rússia anunciou hoje a suspensão da sua missão junto da NATO, bem como o encerramento da representação da Aliança Atlântica em Moscovo, após a recente retirada de credenciais a oito diplomatas russos por alegada espionagem.

"No seguimento de certas medidas tomadas pela NATO, deixaram de existir as condições básicas para trabalhar em conjunto", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros russos, Serguei Lavrov, precisando que estas medidas entrarão em vigor, em princípio, a partir de 01 de novembro.

Em detalhe, o anúncio de Lavrov significa que a Rússia vai suspender indefinidamente a sua missão destacada na sede da NATO, localizada em Bruxelas (Bélgica), e a representação da Aliança Atlântica na capital russa, que está instalada na embaixada belga.

O papel desta última é estabelecer a ligação entre a Aliança Atlântica em Bruxelas e o Ministério da Defesa russo.

No passado dia 06 de outubro, a NATO avançou que tinha retirado as credenciais a oito elementos da missão da Rússia junto da Aliança Atlântica, justificando que as pessoas em questão trabalhavam "de forma não declarada" como operacionais dos serviços de informações russos.

"Podemos confirmar que retirámos as credenciais a oito membros da missão russa junto da NATO, que eram operacionais não declarados dos serviços de informações russos", afirmou então uma fonte oficial da organização.

Nesse mesmo dia, a Aliança Atlântica também reduziu para 10 o número de credenciais para representantes que podiam ser solicitadas por Moscovo, o que representou uma nova diminuição da equipa da missão russa destacada na sede da NATO.

Serguei Lavrov anunciou também hoje "o fim da atividade do escritório de informação da NATO", estrutura que, segundo a organização transatlântica, tem como missão "melhorar o conhecimento e a compreensão mútuos".

Em 06 de outubro, a Rússia prometeu uma adequada resposta à NATO, tendo rejeitado as acusações de espionagem que considerou como "infundadas".

No dia seguinte, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, falava sobre o caso, afirmando que a decisão "não estava ligada a nenhum evento em particular", mas que respondia a um "aumento da atividade perniciosa da Rússia" na Europa.

Jens Stoltenberg admitiu então que a relação entre a NATO e a Rússia estava "no seu ponto mais baixo desde o fim da Guerra Fria", em 1991.

As relações entre a NATO e a Rússia têm vindo a ser marcadas por um forte clima de tensão e as conversações oficiais entre Moscovo e o bloco transatlântico composto atualmente por 30 Estados-membros têm sido limitadas nos últimos anos.

Em março de 2018, a NATO já tinha decidido retirar as credenciais a sete elementos da missão russa junta da organização e expulsá-los da Bélgica, na sequência da tentativa de envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e da sua filha Yulia no Reino Unido nesse mesmo mês.

Também nessa altura, a organização internacional decidiu reduzir o número de credenciais atribuídas à missão russa no seu quartel-general em Bruxelas, de 30 para 20.

Lusa

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