No Fórum ‘Economia e Negócios em 2023’, que decorre esta manhã no JM, Jorge Veiga França, presidente da ACIF, recordou que é "no setor privado que se cria a riqueza".

"Mas as nossas empresas são pequenas e médias empresas, que passaram dificuldades enormes durante a pandemia e que precisam ainda de ser capitalizadas e de resolver problemas", notou.

Ainda assim, voltou a reiterar que "é necessário criar mais riqueza" e, para tal "é necessário criar mais produtividade", embora reconheça que a "escassez de recursos é enorme", que se agrava com a redução de população residente.

A este propósito, considera que os residentes não habituais, nomeadamente os nómadas, podem cobrir as necessidades existentes ao nível das novas tecnologias, a par de uma aposta na formação e qualificação dos profissionais madeirenses.

"Mesmo na hotelaria precisamos de ter uma verdadeira escola de hotelaria. Mas sem dúvida que isto só se fará com esforço e apoio e as empresas ainda precisam de ajuda à capitalização", salientou

A redução da tributação e da fiscalidade é para o presidente da ACIF um importante argumento perante este cenário, apontando para a diminuição do IVA.

Contudo, realça que há ainda algumas incongruências de posições a este propósito. "Como é que num universo de cerca de 20 mil empresas, menos de 10% essas empresas gerem mais de metade da receita de IRC da Região, que são as da Zona Franca, que é a desgraça que é e que tem de ser tratada de uma forma consistente e resolvida de uma vez por toda", indagou.

Para Jorge Veiga França, um nível de tributação mais baixo permitiria ao setor privado criar riqueza.

"É preciso rever a política fiscal, de maneira a que possamos ultrapassar os problemas que temos hoje em dia", vincou, afirmando ser necessário contrariar a tendência atual.

"Senão não haverá oportunidade de criar mais emprego ou riqueza na Região", defendeu.