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Madeira solidária com Ryanair contra as taxas ambientais no transporte aéreo

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Data de publicação
22 Dezembro 2022
17:01

O chefe do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, manifestou-se hoje "solidário" com o presidente executivo do grupo Ryanair, Michael O’Leary, quando declarou que as taxas ambientais ETS previstas pela União Europeia representam uma "ameaça ao crescimento do turismo em Portugal".

"A União Europeia quer ser a campeã das alterações climáticas, mas a União Europeia tem de levar em linha de conta que há regiões ultraperiféricas e que essas regiões ultraperiféricas têm de ter uma exceção completa para o transporte aéreo", afirmou Miguel Albuquerque.

O presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP) falava à margem de uma visita à Casa Museu Frederico de Freitas, no Funchal, onde comentou as declarações proferidas por Michael O’Leary em conferência de imprensa virtual na quarta-feira.

"Além das taxas excessivas, uma outra ameaça ao crescimento do turismo em Portugal surge na forma de taxas ETS [Emissions Trading System], que visam, injustamente, voos de curta distância, tendo sido recentemente proposta a inclusão das regiões ultraperiféricas da União Europeia, incluindo a Madeira, já em 2024", apontou Michael O’Leary.

Para o líder da companhia aérea irlandesa Ryanair, se esta medida for aprovada, "os turistas irão enfrentam custos mais elevados ao visitar a Madeira, em relação a outros destinos de férias não europeus, o que significa que a ilha, provavelmente, perderá visitantes para destinos fora da União Europeia, como Marrocos, Turquia e Jordânia, que estão isentos do pagamento de ETS".

"Estou solidário com ele. O que se está a passar na União Europeia é uma vergonha", declarou Miguel Albuquerque.

O chefe do executivo madeirense defendeu uma "exceção completa" em termos de taxas ambientais para o transporte aéreo para as regiões ultraperiféricas da União Europeia, nomeadamente Madeira, Açores e Canárias.

"É fundamental que as viagens aéreas não sejam penalizadas, porque estamos a pôr em causa uma indústria fundamental para o desenvolvimento destas regiões, a indústria turística", disse, indicando que pretende enviar uma carta ainda esta semana ao presidente do Governo de Canárias alertando-o para a situação.

"A partir do momento em que as regiões ultraperiféricas são penalizadas, começa a haver movimentos de contestação à política de integração europeia. Penso que não é isso que a União Europeia quer", avisou.

"Se querem se suicidar que se suicidem, agora não podem é rebentar com as economias ultraperiféricas, que são economias frágeis que dependem do transporte aéreo para a sua sobrevivência", reforçou.

LUSA

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