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Valência diz que castigo da federação espanhola contradiz versões da polícia e Liga

JM-Madeira

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Data de publicação
24 Maio 2023
15:31

O Valência denunciou que os argumentos utilizados pela federação espanhola para encerrar parcialmente uma bancada do Estádio Mestalla, na sequência dos insultos racistas ao futebolista brasileiro Vinícius Júnior, contradizem as versões da Polícia Nacional e da Liga.

Sem nunca especificar em que medida é que os fundamentos de direito da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) contrariam as versões do órgão policial e da LaLiga, o clube expressou, em comunicado emitido na terça-feira à noite, "total desacordo e indignação pela sanção injusta e desproporcionada", manifestando-se disposto a "recorrer até à última instância".

"O Valência denuncia, publicamente, que esta resolução do Comité de Competições da RFEF apresenta provas que contradizem o que foi dito pela Polícia Nacional e LaLiga. Além disso, alicerça-se em provas a que o clube não teve acesso e foi tomada sem nos ouvir", acusa o clube no qual alinham os portugueses Thierry Correia e André Almeida.

O clube ‘che’ afirmou que "condenou, condena e condenará da forma mais enérgica qualquer ato de racismo ou violência", assinalando que "aplicou a sanção máxima possível, de impedimento vitalício de frequentar o estádio [Mestalla], aos adeptos que a polícia tenha identificado como autores de comportamentos racistas".

O Comité de Competição da RFEF puniu na terça-feira o Valência com o fecho parcial de uma das bancadas do Estádio Mestalla, por cinco encontros, após os insultos ao brasileiro Vinicius Júnior.

O avançado do Real Madrid acusou os adeptos do Valência de insultos racistas, durante o encontro da 35.ª jornada da Liga espanhola, tendo mesmo confrontado os fãs valencianos no decorrer da partida de domingo, que a equipa anfitriã ganhou por 1-0.

O organismo da RFEF decidiu fechar a bancada Kempes, de onde terão saído grande parte dos insultos, entre os quais o único relatado pelo relatório do árbitro, que refere que, aos 73 minutos, um adepto chamou "macaco" a Vinícius.

O Comité de Competição considerou ainda que, tendo em conta as provas apresentadas, os insultos começaram ainda no exterior do estádio, aquando da chegada, continuando no interior, com o organismo a salientar que, entre outros, ouviu-se "um grito generalizado nas bancadas" a chamar "macaco" ao brasileiro perto do final do encontro.

O Comité da RFEF considera que "ficou provado, definitivamente, o intolerável caráter racista de parte dos cânticos que foram entoados, dentro e fora do campo, por uma parte dos adeptos".

"Este Comité considera que ficou provado que, apesar dos esforços que vem fazendo o clube, este não foi suficientemente expedito na implementação efetiva de todas as medidas necessárias para erradicar este tipo de comportamentos", lê-se.

Os insultos sofridos por Vinícius foram condenados por vários setores, entre os quais o próprio governo brasileiro.

LUSA

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