A Associação Agroecológica e Silvo-Pastoril da Região Autónoma da Madeira (AASP) acusa a Polícia Florestal de abuso de poder na sequência da captura de 11 caprinos no Curral das Freiras que se encontravam na área da floresta Laurissilva.

Em nota enviada às redações, a ASSP defende que o gado não se encontrava em infração e seguiam conduzidos pelos proprietários. A entidade acusa também a Polícia Florestal de "crueldade e brutalidade" com animais no passado.

Leia na íntegra a nota:

Numa ação primaria, e de claro abuso de poder, a Polícia Florestal da Madeira ultrapassou a sua alçada funcional e de jurisdição apreendendo gado acompanhado.

Apreenderam assim várias cabeças de gado que não se encontravam em infração alguma, pois, individualmente, todas as cabeças de gado tinham laços de guia no pescoço e eram conduzidos pelos seus proprietários.

O gado apreendido não estava desacompanhado muito menos solto, assim a razão para a sua apreensão é abusiva e ilegal.

Incompreensível e obscura atitude do Instituto do governo regional que tutela e comanda este tipo de trabalhos policiais.

O Decreto legislativo regional 35/2008/M no Capítulo III Secção II Artigo 23 refere "o animal encontrado a apascentar em flagrante contra-ordenação… …deverá ser aprendido pelos agentes fiscalizadores" Ora os animais não se encontravam a apascentar estavam sim a ser conduzidos aos seus currais devidamente amarrados e acompanhados pelos seus proprietários.

Mais informa esta associação das ações de crueldade e brutalidade primaria, considerando as evidencias, por essa polícia florestal ao abaterem impiedosamente animais, deixando-os a apodrecer sem controlo.

Renunciam assim a sua responsabilidade de remover a carcaça quer por questões higiénicos sanitários seja pela grosseria de deixar um animal morto a vista.

Que se considere que alguns desses animais abatidos têm crias ainda lactantes, ficando estas abandonadas e condenadas a uma morte impiedosa e hedionda: A fome."


A ASPP enviou também enviou fotografias que podem ferir susceptibilidades.

Hélder Teixeira