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Workshop aborda o papel dos Media na promoção dos Direitos Humanos

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
26 Janeiro 2024
15:12

A forma como a comunicação social aborda notícias relacionadas com a violação dos direitos humanos pode ser melhorada. E, nesse sentido, está a ser promovido, ao longo do dia de hoje, um workshop que visa destacar o papel dos meios de comunicação social para a promoção dos direitos fundamentais e na prevenção em casos relacionados com violência doméstica, migração, estereótipos, entre outros.

Na formação ‘Comunicar pelos Direitos Humanos – O papel dos Media’, ministrada por Joana Simões Piedade, foram apresentados exemplos de notícias sobre casos de violência doméstica e minorias étnicas em que o tratamento das mesmas noticioso das mesmas foi esmiuçado. Isto no sentido de se perceber de que forma(s) a mesma informação poderia ser dada, chegando a mais público, com uma maior sensibilidade e transmissão de conhecimento às pessoas que se poderão identificar com os casos reportados.

A formadora, licenciada em Direito, especializada em jornalismo e mestre em migrações, Inter-Etnicidades e Transnacionalismo, salientou que os efeitos do tratamento noticioso dos temas em análise atingem os cidadãos, muitos dos quais acabam por apresentar queixas junto da Entidade Reguladora da Comunicação Social.

O evento é promovido pela AIDGLOBAL, em parceria com a Universidade da Madeira, enquadrado no Programa ‘Dialogar e Agir por + Igualdade na RAM’’ financiado pelo programa Cidadãos Ativ@s dos EEA GRants, fundo gerido pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Sofia Lopes, gestora do ‘Dialogar e Agir por + Igualdade na RAM’’ explicou que o projeto visa promover ações de sensibilização em torno dos problemas da violência doméstica e pobreza na Madeira.

“São temas alicerçados aos Direitos Humanos”, realçou, referindo que o objetivo é alargar os debates a um público mais amplo e, neste caso em concreto, aos jornalistas, mas com participação aberta a todos os interessados. “A comunicação social tem um papel muito grande na construção de uma sociedade mais justa, principalmente quando se trata de abordar temas sensíveis como a violência doméstica, migrações e refugiados, por exemplo.

“Quando bem comunicados, estes problemas sociais podem promover um conhecimento mais alargado e uma ação de desenvolvimento local. Mas, por outro lado, podem promover estereótipos e preconceitos”.

No entender de Sofia Lopes, por vezes, a forma como é dada a notícia da morte de uma vítima de violência doméstica, pode ter efeitos diferentes. “Pode-se comunicar que houve um crime e foi feito desta forma, mas pode-se informar que houve um crime, que a família está a ser apoiada, há estas respostas sociais, há este número de apoio à vítima”.

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