O jornalista José Milhazes, antigo correspondente na Rússia e atual comentador na SIC, disse que se fosse madeirense, faria tudo para não voar na TAP.
O assunto surgiu durante a apresentação do seu novo livro - ‘A mais breve história da Rússia’ -, na Feira do Livro do Funchal, e foi espoletado por um engano que cometeu ao explicar a invasão russa.
"As falhas de memória devem-se ao mau trabalho que a TAP faz em relação à ilha da Madeira", justificou, recebendo aplausos da plateia que o ouvia no hall de entrada do Teatro Baltazar Dias.
"Eu, se fosse madeirense, faria tudo para não voar na TAP, porque é uma pouca-vergonha o que está a acontecer", mencionou.
O protesto de José Milhazes é fundamentado na experiência que o próprio teve para chegar hoje à Madeira.
O jornalista não conseguiu embarcar no voo que tinha comprado, e foi obrigado a adiar a presença na Feira do Livro das 15h00 para as 18h30. Soube-se mais tarde que o jornalista acordou às 05h30, e que só conseguiu chegar ao Funchal no final da tarde, porque não havia lugar para si no voo que tinha adquirido. "Eu podia ter ido à China", atirou, lamentando a demora para o caso de uma viagem de uma hora e meia.
Visivelmente incomodado com a experiência, contou que ao chegar ao aeroporto soube que "estava tudo cheio" e que depois teve de "andar à guerra para vir num outro avião", correndo o risco de falhar a presença na apresentação do livro.
Alberto Pita