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Testes negativos e certificado digital podem acelerar retoma

JM-Madeira

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Data de publicação
20 Julho 2021
5:00

Discotecas

Emanuel Rebelo, proprietário da discoteca ‘Vespas’, tem o espaço fechado desde outubro de 2020.

bruna.nobrega@jm-madeira.pt

Há sinais positivos na evolução da pandemia, mas, de portas fechadas há vários meses, as discotecas continuam sem data para abrir. Envoltos em incertezas, os empresários do setor acreditam que a exigência de teste negativo à covid-19 ou certificado digital à entrada dos espaços de animação noturna poderiam agilizar o processo de reabertura

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É nisso que acredita Emanuel Rebelo, proprietário da discoteca ‘Vespas’, um dos vários empresários da noite contactados pelo JM que se quis pronunciar sobre o assunto. “Claro que essa exigência à entrada poderá dar uma ajuda. A partir do momento em que uma pessoa mostre um certificado de como já foi vacinada ou um teste negativo já conseguimos fazer ali uma seleção”, aponta.

Apesar de ao nível nacional já estar a ser falada a possibilidade de levantar restrições neste setor, Emanuel Rebelo considera que as informações que vão saindo “são muito variadas” e que, por esse motivo, prefere “jogar pelo seguro” e não fazer grandes planos enquanto não houver um sinal claro das autoridades de saúde.

Nos últimos dias, esta tem sido uma temática que veio a discussão na imprensa nacional, mormente depois de, no passado dia 15 de julho, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e coordenador da resposta à covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo, Duarte Cordeiro, ter admitido, em entrevista à ‘Renascença’ e ao jornal ‘Público’, no programa ‘Hora da Verdade’, a reabertura de discotecas até “como incentivo à vacinação dos jovens”, que são os principais frequentadores dos espaços de animação noturna.

No entanto, nesse mesmo dia à tarde, Mariana Vieira da Silva, ministra de Estado e da Presidência, considerou que ainda não era o momento para levantar restrições nesta atividade e disse que a utilização de métodos para aliviar as restrições [certificado digital ou teste negativo] precisam ainda de ser “estabilizados e avaliados”. Como tal, remeteu a decisão da reabertura das discotecas para a reunião do Infarmed, marcada para 27 de julho.

Recorde-se que em Portugal Continental, nos concelhos de risco elevado e muito elevado, às sextas-feiras a partir das 19h00 e aos sábados, domingos e feriados durante todo o dia, quem quiser ir a um restaurante é obrigado a apresentar o certificado digital ou um teste negativo.

Medidas difíceis de controlar

Há mais de quatro décadas a trabalhar na noite, Emanuel Rebelo lembra que as pessoas vão sempre procurar as discotecas para descontrair e, admitindo a possibilidade de reabrir nos próximos meses, refere que com a mistura de álcool e o êxtase habitual destes espaços, a atenção das pessoas com a situação pandémica vai acabar por desvanecer.

“As discotecas para funcionarem é preciso que as pessoas estejam à vontade. Isto é, não sei como será possível evitar uma série de questões como o uso de máscara e o distanciamento… Estes espaços são de descontração e alegria. Os jovens até podem entrar apreensivos por causa do vírus, mas a verdade é que essa preocupação vai passar depois de meia hora”, denota.

Por agora, o proprietário da discoteca ‘Vespas’, espaço com mais de 40 anos de existência e um dos pontos de atração noturna mais procurados da Região, aguarda expectante, assim como todos os outros empresários da noite, que estejam reunidas todas as condições para que o seu negócio volte a funcionar normalmente. Porém, acredita que o caminho é aprender a viver com a covid-19.

Por Bruna Nóbrega

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