Nas questões colocadas pelo JPP ao secretário regional das Finanças, na apreciação do ORAM para 2025, Élvio Sousa começou por considerar que o orçamento de 2.611 milhões de euros é de esbanjamento, apontando que 500 milhões são para a dívida e que são dados muitos subsídios.
Dando nota que hoje é o Dia Internacional Contra a Corrupção, o líder parlamentar do JPP lembrou os processos na justiça que envolvem o presidente e membros do governo. “O senhor não pode ter a nossa confiança, quando não merece a confiança dos madeirenses”, disse, dirigindo-se ao presidente do governo, e, no caso das reuniões com o executivo para tentar negociar a aprovação do documento, às quais o JPP se recusou a participar, Élvio Sousa sublinhou que não iria aprovar um orçamento para salvar negócios do governo. Mas, quem tem estado a responder tem sido o secretário regional das Finanças, que apresentou a proposta de Orçamento Regional para o próximo ano.
“Para nós, subsídios são investimentos, é uma política social que o governo tem, atento às franjas da sociedade que mais precisam”, afirmou Rogério Gouveia.
Na segunda ronda de questões do JPP, o partido quis saber sobre a futura concessão da Via Litoral, já que a atual termina em 2025. Mas, o documento já prevê 22 milhões de euros para um novo contrato, sem saber a quem concessionar. Sobre este assunto e sobre outras matérias contempladas no documento que, no entender do JPP, não vai ao encontro dos anseios dos madeirenses, Élvio Sousa avisou: “Não conte com esta bancada para vos passar cheques em branco”.
Rogério Gouveia disse que a dívida global no final do ano será inferior à do início do ano, acusando o JPP de fazer demagogia sobre a esta matéria.