O deputado madeirense Francisco Gomes, eleito pelo Chega para a Assembleia da República, acusa o governo da República de “nada estar a fazer” para por um fim ao que chama de “tráfico de saúde”, ou seja, e segundo explica, “a entrada indiscriminada de cidadãos estrangeiros em Portugal com o único objetivo de beneficiar, a título gratuito, dos serviços prestados nos hospitais públicos que integram o Serviço Nacional de Saúde”.
“Segundo relatórios da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, nos últimos quatro anos, quase 330 mil pessoas estrangeiras e não residentes foram atendidas nos hospitais públicos nacionais. Mais de 140 mil desses utentes não estavam abrangidos por quaisquer seguros ou acordos internacionais que cobrissem essa assistência, o que quer dizer que os custos dos serviços que lhes foram prestados foram totalmente suportados pelo Estado, isto é, pelos contribuintes portugueses”, lê-se em comunicado emitido pelo Chega.
De acordo com a mesma fonte, “só este ano, até setembro, foram atendidos mais de 92 mil estrangeiros, o que constitui uma subida de cerca de 7% face a 2023. A especialidade mais procurada pelos estrangeiros é a de obstetrícia e o Hospital de São José, na região de Lisboa, é o mais solicitado”.
“É errado falar em ‘turismo de saúde’, pois o turismo contribui para a economia. O que temos é o tráfico de saúde, pois cria dívidas de centenas de milhões que são pagas pelos portugueses. Como se já não bastassem os problemas que temos, agora também temos que levar com estrangeiros que cá vêm parasitar o nosso Sistema Nacional de Saúde, pago por todos nós, e vão embora”, repudia Francisco Gomes.
“Apesar da ausência de números, a ministra da Saúde reconheceu, em julho, que os estrangeiros que usam indevidamente o Sistema Nacional de Saúde lesam o Estado em centenas de milhões de Euros. Ana Paula Martins também admitiu que muitos doentes estrangeiros vêm a Portugal só e apenas para fazer tratamentos dispendiosos através dos hospitais públicos nacionais”, adita o partido.
“Há países que até têm sites com informações sobre como vir a Portugal obter cuidados de saúde gratuitos e a passividade com que o governo está a olhar para isto é revoltante. Vem gente de fora, até de países mais ricos, lesar os portugueses que pagam impostos e o Estado não faz nada. Haja vergonha!”, sublinha o deputado madeirense.
A concluir, Francisco Gomes, que está em Bruxelas a representar o Chega em trabalho político, aponta para “a ameaça de Portugal estar a colocar-se no centro de redes de tráfico que usam os hospitais do Sistema Nacional de Saúde para montar esquemas criminosos que têm por fim último lucrar à custa dos impostos pagos pelos portugueses”-
“Além de redes ilegais de imigração, estamos a par com redes ilegais de tráfico de Saúde. Tudo isto acontece porque o governo não tem estratégia para acabar com a entrada descontrolada de gente que só cá vem explorar os portugueses de Bem e viver à custa de subsídios e dos serviços públicos. São verdadeiros parasitas do povo português, que contam com a ajuda de um Estado rendido e sem rumo”, remata.