A sala da Assembleia Municipal do Funchal acolheu, esta tarde, a primeira das tertúlias juvenis promovidas pela Câmara Municipal do Funchal. Hoje foi dia de debater sobre os “Jovens e Sexo: Mitos e Desafios”. A responsabilidade de abordar a temática recaiu sob Petra Freitas, psicóloga clínica e sexóloga com 32 anos.
Perante uma plateia bem composta, de alunos de diversas instituições do ensino secundário, a especialista começou por abordar aquela que considera ser uma questão que, eventualmente, poderá gerar “algumas controvérsias e risadas” junto do público, ainda que considere ser importante falar “abertamente sobre sexo”.
“Quanto mais falarmos, mais poder de conhecimento conseguimos ter”, começou por referir. Procurando desmistificar ‘tabus’, Petra Freitas frisou a ciência que estuda a sexualidade e as suas inúmeras possibilidades, mormente no acompanhamento de traumas sexuais e questões de parafilias.
A profissional procurou usar termos bem conhecidos dos mais jovens para falar da importância da comunicação aberta e respeito mútuo. Um dos tópicos que suscitou muito interesse foi a questão da saúde mental nesta matéria. Conhecer a identidade pessoal poderá ser um processo “com altos e baixos”, mas Petra Freitas considerou este um aspeto fundamental a fim de afastar sentimentos negativos que possam advir de “situações de discriminação”. Os benefícios da atividade sexual existem e a psicóloga fez questão de os vincar, relembrando sempre a existência de três pilares fundamentais, a destacar o consentimento.
Foi nesta questão que os alunos começaram a interagir, lançando alguns exemplos que observam no seu quotidiano, inclusive na noite. Foram percorridos vários temas, nomeadamente violência no namoro, masturbação, relação sexual e amorosa, todos os tópicos assentes no consentimento e na comunicação, aspetos vincados pela profissional.