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Chega condena jogos políticos do PSD/Madeira

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
15 Junho 2024
12:15

A crise política instaurada na Madeira e a possibilidade da queda do governo regional “são o fruto dos jogos políticos que o PSD anda a fazer há muito tempo e que não têm corrido da forma que aquele partido desejaria”. É essa a opinião de Francisco Gomes, deputado do Chega na Assembleia da República, que também lamenta que o PSD-Madeira tenha escolhido colocar a sobrevivência política de Miguel Albuquerque acima dos interesses da Região e dos madeirenses.

“Tudo começa quando o PSD-Madeira decidiu retirar a proposta de Orçamento para 2024 da agenda parlamentar de forma a fazer chantagem sobre Marcelo Rebelo de Sousa para que ele não convocasse eleições. A jogada do PSD falhou e Marcelo convocou, mesmo, eleições. Caso o PSD tivesse sido correto, em vez de ‘esperto’, a Região teria hoje, em plena execução, um Orçamento.”

Para o parlamentar do Chega, os problemas criados pelo PSD-Madeira não se ficaram por aqui, mas agravaram-se após as eleições. Na sua opinião, Miguel Albuquerque apenas foi indigitado pelo representante da República para formar governo porque voltou a faltar à verdade quanto às suas condições políticas, que não eram, de todo, as que reportou ao representante.

“Miguel Albuquerque disse ao representante da República que tinha o apoio do CHEGA e da IL e foi com base nessa inverdade que lhe foi dada a indicação para formar governo. Porque nada disso era verdade, o PSD formou um governo sem apoio parlamentar estável e fê-lo, apenas, porque assumiu que conseguiria, pela chantagem e pela ameaça, forçar os outros partidos a apoiar um executivo liderado por Albuquerque, o que, como sabemos, não aconteceu.”

Por tudo isto, Francisco Gomes acredita que a responsabilidade maior por qualquer cenário de instabilidade governativa que possa ser gerado pela possível não aprovação do programa de governo não é dos partidos da oposição, que estão a fazer aquilo que sempre anunciaram que iram fazer, mas sim do próprio PSD-Madeira, que, a seu ver, alimentou vários jogos de bastidores que acabaram por lhes correr muito mal.

“Se o PSD-Madeira quer culpados para o que se passou com o orçamento e para o que se possa passar com o programa, apenas tem de olhar ao espelho. Não se pode fazer jogos de cintura com o presidente da República, passar inverdades ao representante e chantagear os outros partidos – e esperar que, no fim, as coisas corram bem. A vida política não se gere assim.”

A concluir, o deputado do Chega na Assembleia da República condena a narrativa de pânico que, a seu ver, o governo regional e o PSD têm vindo a promover na população, na comunicação social e junto de várias associações quanto à governabilidade da Região, caso o programa de governo seja chumbado.

“A narrativa de pânico que o governo anda a promover juntos das pessoas é, uma vez mais, falsa. A ACIF já desmentiu os cenários dramáticos que o PSD anda a passar e o Tribunal de Contas já confirmou que o PRR e o ‘Madeira 2030’ não dependem do programa de governo, nem do orçamento. Porque as máscaras caem facilmente, era bom que o diálogo público fosse coerente e sério, em vez de andarmos a saltar de mentira em mentira.”

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