Paulo Sá e Cunha, advogado de Pedro Calado, considerou hoje, à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal, que as bases do inquérito sobre alegados crimes de corrupção na Madeira assentam “numa total ausência de indícios”, e que por isso, a manter-se como está atualmente, o processo “teria de ser arquivado”.
“Esta situação [detenção dos arguidos] assentava numa total ausência de indícios”, disse o mandatário do ex-presidente da Câmara do Funchal, que reforçou que a libertação é uma “decisão muitíssimo correta”.
Todavia, Paulo Sá e Cunha lamentou que o tempo que os arguidos estiveram detidos desde o dia 24 de janeiro, há precisamente três semanas.
“Tenho pena de que não tenham sido restituídos à liberdade mais cedo, mas é assim que as coisas funcionam”, disse o advogado.
Sobre o seu cliente, Paulo Sá e Cunha disse que o ex-autarca “recebeu a decisão com grande alegria e muita comoção”, lembrando que os três arguidos “estiveram sujeitos a situações muito adversas”.
“Pedro Calado falará com a comunicação social quando achar oportuno. Hoje, como podem imaginar, [os arguidos] não estão em condições de prestar declarações públicas”, acrescentou ainda, em resposta às questões dos jornalistas que aguardavam à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal, no Campus da Justiça, em Lisboa.