“A Região está estupefacta”, diz Miguel Albuquerque no arranque da sua intervenção no debate sobe a moção de censura apresentada pelo Chega, com pré-anuncio de aprovação, à conta do partido propoente, mas também PS, JPP, IL e PAN. O presidente do Governo Regional constata que com esta moção de censura “as necessidades da população estão relegadas para segundo lugar, em nome de ambições políticas pessoais”.
Albuquerque deteta uma “esquerda ressentida que conta com o Chega”, uma “direita que o o Chega transformou numa bengala da esquerda”.
Aliás, no seu entender, o Chega é hoje “o maior aliado dos socialistas e da esquerda. O Chega provoca instabilidade para os socialistas se instalarem”.
O presidente do Governo Regional cataloga de “patética esta cena promovida pelo Chega. A verdade é que ninguém percebe esta aliança entre a esquerda e Chega”, mencionando “arrogâncias do senhor Ventura”.
Em relação às menções efetuadas por Miguel Castro, Albuquerque reiterou eu “nem eu nem nenhum dos meus colegas de governo está acusado de qualquer crime”.
Pelo contrário, “estamos disponíveis, como sempre estivemos para esclarecer em sede própria”, voltando a relacionar a moção de censura a “fins meramente políticos”.
E no seu entendimento, “nada de substancial se alterou” desde o arranque da atual governação, “para prejudicar desta forma tão grave a população”.
Albuquerque apontou a Miguel Castro que Cafôfo “é o seu novo aliado”, mas o certo é que na sua alocução Miguel Castro também abriu guerra ao PS e aos restantes partidos. “Temos uma oposição frouxa e incompetente”, disse Miguel Castro, no fundo replicando aquilo que estará no próprio texto da moção de censura.