Vinte e seis mil madeirenses vivem com diabetes e o pós-desconfinamento está a revelar mais casos, o que poderá significar um aumento de pessoas afetadas por esta doença crónica. A constatação foi feita no princípio desta tarde pelo secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, na sessão de abertura das Jornadas de Diabetes que decorre entre hoje e amanhã no Hotel Vidamar.
Na ocasião, o governante lembrou que a Madeira tem vindo a trabalhar na prevenção e proteção da saúde pública, dando como exemplo o rastreio da retinopatia diabética que é feito desde 2007 e já vai na 9ª volta.
Ao todo, revelou, são 13 mil os utentes que são rastreados por ano, no sentido de promover e evitar a cegueira, uma das principais consequências desta doença metabólica.
Além disso, Pedro Ramos quis deixar a garantia que os serviços de saúde, "apesar de estarem a atravessar uma crise", provocada pela pandemia, "têm tido um papel preponderante na acessibilidade, diagnóstico e tratamento destas doenças".
Apesar de, durante o último ano, o SESARAM não ter registado um maior acesso às urgências nesta área - podendo este, na opinião do secretário, "um sinal de que não houve muita descompensação metabólica dos utentes" - Pedro Ramos não descarta a possibilidade de começarem a surgir agora mais casos de diabetes através de diagnósticos que não foram feitos por causa da pandemia.
Ainda assim, o governante ressalvou que o Serviço de Endocrinologia, com cinco médicos, um internista e cinco enfermeiros, aumentou, em 2020, em cerca de 10% o número de consultas, o que mostrou, no seu entender, que "os nossos utentes não estiveram privados deste tipo de prestação nesta área".
Lúcia M. Silva