Passados 262 dias da sua viagem de ida, eis que regressa a Portugal. Mas se saiu na vertical, voltou na horizontal! O que é uma pena. E eu até nem falo por mim. Digo-o, essencialmente, pela sua querida esposa, agora viúva. É que a senhora ficou a braços com (mais) um problema. Pagar a transladação do corpo, pois claro. Mas como? Tesa, não teve alternativa a não ser pedir a amigos e familiares… Pelo sim pelo não, e uma vez já por cá, pediu-se nova autópsia. Não acho mal. Nisto da saúde não há como pedir sempre uma segunda opinião… 4 olhos vêem sempre melhor do que 2! Vai que ele morreu de alguma coisa que possa ter cura?! Era começar logo o suporte básico de vida… Por essa gente vale a pena investir!

Tudo por tudo está a dar também a defesa de Ricardo Salgado. Continuando a falar de bandidos, então não é que os advogados do esquecido recorreram da condenação a seis anos de prisão no processo da Operação Marquês? Pior. Pediram a revogação do acórdão, considerando que a sentença vai causar ou acelerar a sua morte.

"Afigura-se evidente que uma qualquer prisão efetiva - ainda para mais na duração determinada no acórdão recorrido - causará ou, pelo menos, acelerará o falecimento do ora arguido recorrente". Bonito serviço, senhores causídicos… Não querem ir, também vocês, à semelhança do outro, morrer para longe?!

Se quiserem, é fácil. É só pedir boleia à Bastonária dos Enfermeiros. Dizem que a senhora anda que se farta… Tanto que está a ser investigada (com mais 10 membros da OE) por alegada falsificação da contagem de quilómetros percorridos diariamente. Por dia, no ano passado em junho e agosto, andou mais de 400km. Em setembro 498. São apenas quase 4 mil euros por mês de complementos ao ordenado. Oh. O que é isso para quem defende melhores ordenados e progressão na carreira para os seus?!

Também na estrada e de volta aos ralis está o Bernardo Sousa. A suspensão de dois anos chegou ao fim. E, para celebrar, acho que devia arrojar no regresso. Levar, sei lá, a Cristina Ferreira como co-pilota… Se ela conseguir ler as notas como fala na TV, aos berros, e se rir, esganiçada, a cada pião, então é que vai ser espatifar carros… É com cada cagaço. No entanto, sempre vão poder fazer concorrência ao Paixão. Esse, até nos treinos já imigalha carros. E o que é que eu tenho a ver com isso? Zero. Absolutamente nada. Mas o Gil Freitas tem muito… Ficou com um carro parecido com aqueles que saem de um stand ali para os lados do Poço Barral. Semi novo! Porreirinho… Não convém é andar muito depressa senão podem saltar peças.

Assim, mais ou menos, como a velocidade a que anda o Porto Santo. Podem dizer o que quiserem, mas, mesmo devagarinho, não há terra como aquela. Adoro. Os meus filhos então, se já gostavam, por estes dias mais encantados ficaram quando souberam que o dia da criança foi celebrado no Funchal a 1 e na Vila Baleira a 3. Perguntaram logo se em dezembro podíamos voltar à Ilha Dourada. Passar o 25 aqui e o 27 lá. Disse logo: "uolhaaa, nã venham depriessa que eu estoua sem travuões".

Sem travões parece que esteve também o senhor Padre Marcos. No final da leitura e perante o esquecimento da habitual vénia, pediu à criança: "Finge que eu sou o presidente e que quando acabas de ler ajoelhas-te"?! A sério?! Que presidente é esse? Não me diga que ele, depois dos joelhos dobrados, também manda rezar?! Valha-me Deus… Tenha juízo.

Ps, Profissionais do Hospital Nélio Mendonça, por favor, aprendam com os melhores. Eu sei que se acham muito à frente, mas isso de desmarcar cirurgias por ser o dia da mãe é coisa de principiante! No continente, a inovação e oferta de serviços é bem mais sofisticada. E divertida. Não acreditam?!

Em Coimbra entregam-se pacientes de forma aleatória. Juro! Então não é que há dias um senhor chegou a casa e tinha uma mulher diferente na cama. Ah pois é. Ok. Até aqui tudo bem. Não é assim tão grave, pensarão vocês. Só que o problema é que a mulher dele tinha 88 anos e a que deixaram tinha 94! Vocês continuariam a aceitar com essa naturalidade toda? Cá se fosse eu, não queria… Mal por mal, mais vale a minha velhinha.

Pedro Nunes escreve ao domingo, todas as semanas