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Artigo de Opinião

Médico-Dentista

7/03/2021 08:00

No meio de músicas e noticiários, lá soava o: "Só há dois sítios onde você come bem. Um é na sua casa". O outro era num restaurante conhecido da cidade. Fui lá uma ou duas vezes. Não mais que isso! Não que não tivesse gostado. Longe disso. Fiquei foi com a ideia de que aquilo era para turistas! Fino demais para mim.

Veio a pandemia e muitos restaurantes fecharam. Uns voltaram a abrir. Outros não. O de que vos escrevia, eu não sei! Mas há um que se mantém em funcionamento. Na verdade, este nunca fechou. Continuou sempre de porta aberta, mas sem serviço take away. Quem quiser come lá mesmo. Fica ali quem desce a Avenida do Infante do lado direito. Quem vai a subir, obviamente, encontra-o à esquerda, mas pode atravessar a faixa de rodagem pois os tracinhos no chão, ao lado das linhas contínuas, foram postos de propósito para ninguém ter que ir dar a volta ao quarteirão.

Se ainda assim estiverem com dificuldade em dar com o sítio, procurem a autoridade de plantão. O refeitório vip costuma ter um polícia à porta! Não tem como falhar.

O espaço parece ter qualidade. Aliás, a ver pela quantidade de gente que já lá foi e continua a ir... Só pode ser bom! Bem sei que o Chef atrai. É daqueles conceituados. Dos que só dão ordens, mas no final empratam e servem. Ganha pontos com as receitas dos outros, portanto.

Quanto ao menu, eu também não faço ideia. Mas suspeito que não haja pratos do dia. Deve ser tudo "à la carte". Cozinhado na hora. Só com produtos frescos. E não acredito que seja daquela cozinha de autor que só suja pratos. A dose deve ser generosa. Não há registo de alguém que tenha saído de lá com fome. São todos bem servidos.

Eu estou para aqui a escrever de cor, porque nunca lá fui. Dizem que aquilo é entrada livre, mas para comer não pode ser qualquer um. São escolhidos a dedo.

Sinceramente eu não me importo. É que por mais que possa ser bom, no fim vai haver sempre uma factura para pagar. Por mais que eles digam que daquela vez é por conta deles, convém ficar atento. Já alguém dizia: "não há almoços grátis"!

Até porque depois os empresários do ramo podiam vir a queixar-se de concorrência desleal.

Como fizeram os cabeleireiros. Sim, então a Associação Portuguesa de Barbearias, Cabeleireiros e Institutos de Beleza não ficou com os nervos em franja e condenou os profissionais que iam ao domicílio? Sinceramente não vi muito mal na prática. Na altura só me lembrei dos branqueamentos dentários que alguns salões vendem.

Espero que não se importem que, uma vez anestesiadas, também eu tire o buço às pacientes que pretenderem esse serviço premium. Sabem como é! Temos que nos reinventar. A vida custa a todos.

Bem. A quase todos! Há quem tenha direito a contratos programa ou a fundos europeus e regionais. Há tempos foi uma esteticista brasileira que recebeu quase 300 mil para desenvolver um software que simulasse o efeito final da micro-pigmentação das sobrancelhas. Resultado? Não é difícil adivinhar...

Na quinta-feira foi a vez da Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação ver serem-lhe atribuídos 500 mil euros. Tenho fé que vai correr tudo bem e vão ser bem aproveitados. Mas com o nome de ARDITI, já espero tudo. Num instante acontece o mesmo que aconteceu ao dinheiro da cidadã canarinha. Ardeu!

Pedro Nunes escreve
ao domingo, todas as semanas

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