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Artigo de Opinião

28/05/2024 08:00

1. Quarenta dias deram tempo

Em quarenta dias foi possível avançar rumo a uma solução, que os socialistas recusaram encontrar, ao longo de três mil e cinquenta dias!

Falo do entendimento a que chegaram Governo e sete das 12 organizações sindicais de professores. Entre setembro deste ano e julho de 2025 o compromisso é o de serem repostos metade dos valores que os professores reivindicam. O restante até 2027.

Não deixa de ser sintomático que a Fenprof seja uma estrutura sindical que não subscreve o acordo, uma vez que discorda do calendário (exigia que fosse feita a recuperação até 2026 e um terço de cada vez) e exige mais umas outras questões.

Não surpreende, uma vez que o seu dirigente máximo está lá para cumprir a agenda do PCP, de cujo Comitê Central faz parte, e logo qualquer acordo é para recusar.

A esquerda não quer uma solução. Quer sim, um novo motivo para o protesto na rua e para a agitação nas escolas!

O Ministro da Educação, Fernando Alexandre, mostrou como é que, sem alarido, sem tentativas de se colocar em bicos de pés para esbracejar que chegou a uma solução, é possível encontrar entendimentos e colocar no devido lugar e com a medida certa, aqueles que apenas se alimentam do protesto e do ruido.

Portugal precisa disto, muitas mais vezes!

2. Mais uma vez foi estudado

Para incómodo de muitos certamente, a Fundação Francisco Manuel dos Santos encomendou um estudo sobre o impacto que uma redução significativa do IRC, imposto pago pelas empresas, teria na economia.

Embora fique demonstrado que reduzir a taxa de IRC em 7,5 pontos percentuais em todos os escalões teria um efeito positivo no PIB nacional de quase um e meio por cento, o que é facto é que a redução teria um impacto na receita que ou era acomodável ou tem de ser compensada de outro modo.

É manifestamente uma questão de opção política e que deve ser alvo de debate público e avaliação.

Já se espera que as esquerdas venham esbracejar com aumentos de impostos ou outras coisas parecidas. Mas isso será mais uma vez lançar areia sobre os olhos das pessoas e fugir ao indispensável ponto de perceber “como é possível tornar a nossa economia mais competitiva”.

O histórico deste imposto, que desde a sua criação em 1989 já sofreu 1350 alterações (que dá uma média de mais de 38 alterações por ano!), mostra bem como somos um país e que a instabilidade legislativa é uma realidade. E isso é um dos maiores inimigos do investimento. A falta de constância e previsibilidade sobre o futuro.

Aguardemos pelas pedras que os partidos de esquerda vão lançar ao tema. Porque para eles, o “grande capital” é uma “besta” a abater.

3. Marcelo a fugir

Não podemos ignorar as palavrinhas “mansas” de Marcelo Rebelo de Sousa, o ainda Presidente da República Portuguesa, que na sexta-feira dizia que assumia a responsabilidade por tudo, em relação à sua decisão de dissolver o Parlamento na Madeira.

Sem nunca ter entendido dever dar uma explicação sobre a sua decisão, domingo dizia que não se sente responsável por nenhum pântano político. Nem no país, nem nos Açores nem na Madeira.

Não me surpreende esta postura do homem que acha normal tudo e o seu contrário.

É por isso que este Presidente da República nunca teve uma ação, por pequena que fosse, para aproximar as posições da República e das suas Regiões Autónomas no evidente contencioso que existe e que se tem agravado ao longo dos anos.

Ele sempre preferiu um “diálogo de surdos”, ao qual assiste enquanto se deleita com gelados Santini em frente aos jornalistas.

Dá-lhe menos problemas e livra-o de aborrecimentos, que possam beliscar a sua popularidade!

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