MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

Subdiretor JM

7/10/2023 08:05

Em suma, são cada vez mais os que procuram as guerrinhas ideais e menos os que se envolvem em lutas por ideais.

Desdenhamos e maltratamos os jovens que por estes dias atrapalham o trânsito em Lisboa. São agredidos e detidos porque pretendem alertar para as consequências das alterações climáticas. Comportamento chato, é verdade, que seria completamente desnecessário se aqueles que se encontram nos lugares de decisão percebessem que o clima está mesmo a mudar. Embora convinha reconhecer, todavia, as dificuldades normais de perceção sobre as alterações climáticas de quem nunca abandona o conforto de um ambiente com ar condicionado.

O que está na moda, mesmo, é seguir a tendência… E levantar o dedo quando vemos que a maioria já está de braço no ar. É a opinião de rebanho, que assume pouco ou nenhum risco para os ‘corajosos’ opinadores.

É o que vemos em relação ao PAN. A futura deputada Mónica Freitas, que poucos conheciam, está na boca do povo… Ou pelo menos do ‘povo político’. Acusam-na de abdicar dos seus ideais, de ter abandonado as crenças do partido… Só porque optou por chegar a um acordo com os partidos que governam. O mesmo acordo que seria firmado à esquerda se as contas de somar (leia-se votos) o permitisse. Não será melhor esperar para ver o que acrescenta o PAN ao Parlamento? Ou importa ‘matar’ já para não chegar tarde depois?

Na vanguarda estão também as festas estudantis. Porque alguns menores de idade demonstram comportamentos desviantes. Trocando por miúdos, andam a consumir álcool como se não houvesse amanhã. O consumo, como todos sabem, é socialmente aceite. E o miúdo que bebe, claro, deve pensar que é melhor do que o outro que também se diverte sem fazer figuras tristes. Coisas da adolescência… que acompanham muitos durante toda a vida. E esse é um problema ainda mais complicado. Mas adiante.

A pressão do consumo e a imaturidade dos (im)pressionados resulta, quase sempre, num ‘cocktail’ perfeito, passe a expressão. Bebem sem parar porque desconhecem os seus limites. Mas a questão não se resume às festas de estudantes. É bem mais abrangente, como o JM, por diversas vezes, tem vindo a noticiar. Os casos e ‘casinhos’ de comas alcoólicos ou desacatos entre menores assumem proporções preocupantes e ocorrem em plena via pública, num qualquer arraial, à porta de um bar ou de uma discoteca.

Nestas situações, é bem mais fácil atirar toda a responsabilidade para cima dos pais. Porque não sabem educar os filhos, dão tudo e mais alguma coisa, etc… Mas por esta ordem de ideias, talvez fosse melhor dispensar agentes de autoridade. Se o ónus dos pais é total, para que serve pedir para fiscalizar ou regular?

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